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Cabelos brancos – os produtos naturais a tomar para os evitar

Muito na moda na população jovem, os cabelos brancos são, pelo contrário, o pesadelo de muita gente com mais de 30 ou 40 anos. Qual a sua origem? Como evitá-los de forma natural? Elementos de resposta.

Homem a observar no espelho os cabelos que embranquecem

Canície – porque é que os cabelos ficam brancos (ou grisalhos)?

À semelhança da pele e dos olhos, a cor dos cabelos deve-se a pigmentos pertencentes à família da melanina. Sem melanina os cabelos e a pele são brancos, como podemos constatara nos mamíferos albinos (1).

Estes pigmentos têm como principal função, nomeadamente proteger a pele, os olhos e os cabelos da agressão dos raios ultravioletas.

É o que explica que as populações humanas que evoluíram nas zonas quentes e muito sol tenham a pele, os olhos e os cabelos pretos ao passo que as populações que evoluíram em regiões frias e com pouco sol tenham a pele branca, os olhos azuis e os cabelos louros. De facto – o tipo e a quantidade de melanina são fatores principalmente hereditários (2).

Ao nível do couro cabeludo, a melanina é gerada por células, os melanócitos, que estão em contacto com os queratinócitos, que – por seu lado – controlam o crescimento dos cabelos. Desde que os melanócitos estejam saudáveis, os cabelos crescem louros, ruivos, castanhos, pretos, etc.

Contudo, tal como acontece com todas as células, estes melanócitos têm um tempo de vida limitado e temos um stock limitado de células estaminais que permitem a respetiva reprodução. A canície é um processo normal e inevitável de envelhecimento dos cabelos (3).

Assim, admite-se atualmente que, numa população do tipo “caucasiano”, aos 50 anos, 50% dos indivíduos têm 50% de cabelos brancos – os seus melanócitos deixaram de funcionar e os cabelos crescem, por isso, brancos (4).

Embranquecimento dos cabelos – agressões exteriores a evitar

Embora o envelhecimento dos cabelos seja normal, pode ser acelerado pelo stress oxidativo (5). Na verdade, os melanócitos – tal como todas as outras células do organismo – são sensíveis às agressões dos radicais livres, que levam ao seu desaparecimento prematuro.

Está também amplamente comprovado que vários fatores propiciam a canície (6-8):

  • a exposição excessiva ao sol;
  • a exposição excessiva aos poluentes atmosféricos;
  • o consumo de tabaco e de álcool;
  • o stress excessivo e regular;
  • a alimentação desequilibrada rica em gorduras, açúcares, sal e alimentos ultra transformados, etc.

Por conseguinte, para travar o surgimento dos cabelos e pelos brancos, convém precaver-se contra o stress oxidativo. Para tal, não hesite em consultar o nosso artigo que apresenta 10 truques para combater o stress oxidativo.

O cobre – o seu melhor aliado na guerra contra os cabelos brancos

Sendo um oligoelemento essencial ao funcionamento do organismo, o cobre é geralmente fornecido pela alimentação. Este metal intervém, de facto, a vários níveis e está envolvido em inúmeros processos químicos.

Em primeiro lugar, o cobre contribui para proteger as células do stress oxidativo (9). Contribui, portanto, para lutar contra os radicais livres que agridem os melanócitos.

O cobre está também diretamente envolvido numa reação enzimática crucial para a produção de melanina pelos melanócitos. O cobre catalisa a tirosinase (10), ou seja, a transformação da tirosina – um aminoácido – em melanina, o pigmento dos cabelos. Contribui assim para uma pigmentação normal dos cabelos (11).

Alimentação equilibrada e suplementos para limitar o embranquecimento

Como vimos, o cobre é geralmente fornecido pela alimentação (fígado de vitela, lavagante, polvo, chocolate preto, feijão vermelho...), à semelhança de todos os antioxidantes naturais de que o nosso organismo tem teoricamente necessidade para lutar contra os radicais livres.

Por isso, para prevenir o aparecimento dos cabelos brancos é importante ter uma alimentação variada, equilibrada, com poucos alimentos ultra transformados e preparados industriais.

Convém, nomeadamente, apostar nos cereais integrais, na levedura de cerveja, nas amêndoas, nos ovos, no fígado de aves, nas nozes ou ainda no queijo brie – todos estes alimentos são, de facto, particularmente ricos em vitamina B8, também designada biotina. Ora, a biotina (que pode encontrar no nosso suplemento Biotin), contribui para manter uma cabeleira normal (12).

Enriqueça igualmente a sua dieta com ostras, pão de centeio, cacau em pó, nozes de caju ou pinhões, parmesão, etc. – todos estes alimentos são, por seu lado, ricos em zinco, um oligoelemento que contribui também para manter uma cabeleira normal (13). Para aumentar os seus aportes de zinco pode optar por um suplemento alimentar de zinco (como Advanced Zinc Lozenges).

Algumas fórmulas sinérgicas específicas reúnem, por outro lado, vários componentes naturais benéficos. Citemos em particular Grey Hair Formula, rico em biotina e zinco e que contém cobre para a pigmentação, mas também extrato de palmeira anã ou ainda proantocianidinas). Citemos também Hair & Nails Formula, que associa biotina, cobre, zinco, queratina solubilizada, etc. No que toca à saúde dos cabelos em geral, citemos por último Keranat, rico em zinco, em vitaminas e em extratos vegetais.

Referências

  1. KING, Richard A. Albinism. Neurocutaneous Diseases, 1987, p. 311-325.
  2. SHI, Yuguang. Beyond skin color: emerging roles of melanin-concentrating hormone in energy homeostasis and other physiological functions. Peptides, 2004, vol. 25, no 10, p. 1605-1611.
  3. COMMO, S., GAILLARD, O., et BERNARD, B. A. Human hair greying is linked to a specific depletion of hair follicle melanocytes affecting both the bulb and the outer root sheath. British Journal of Dermatology, 2004, vol. 150, no 3, p. 435-443.
  4. PANHARD, S., LOZANO, I., et LOUSSOUARN, G. Greying of the human hair: a worldwide survey, revisiting the ‘50’rule of thumb. British Journal of Dermatology, 2012, vol. 167, no 4, p. 865-873.
  5. SEIBERG, M. Age‐induced hair greying–the multiple effects of oxidative stress. International journal of cosmetic science, 2013, vol. 35, no 6, p. 532-538.
  6. TRÜEB, R. M. The impact of oxidative stress on hair. International journal of cosmetic science, 2015, vol. 37, p. 25-30.
  7. TRÜEB, Ralph M. Oxidative stress in ageing of hair. International journal of trichology, 2009, vol. 1, no 1, p. 6.
  8. GOODMAN, B. A. et HILLMAN, J. R. Oxygen, free radicals, antioxidants and food-some views from the supply side.  Grop Res. Inst. Dundee, 2000, p. 83.
  9. URIU-ADAMS, Janet Y. et KEEN, Carl L. Copper, oxidative stress, and human health. Molecular aspects of medicine, 2005, vol. 26, no 4-5, p. 268-298.
  10. FUJIEDA, Nobutaka, UMAKOSHI, Kyohei, OCHI, Yuta, et al.Copper–Oxygen Dynamics in the Tyrosinase Mechanism. Angewandte Chemie, 2020, vol. 132, no 32, p. 13487-13492.
  11. Flesch P. The Role of Copper in Mammalian Pigmentation. Proceedings of the Society for Experimental Biology and Medicine. 1949;70(1):79-80. doi:10.3181/00379727-70-16831
  12. LIPNER, Shari R. Rethinking biotin therapy for hair, nail, and skin disorders. Journal of the American Academy of Dermatology, 2018, vol. 78, no 6, p. 1236-1238.
  13. MCBEAN, Lois D., MAHLOUDJI, Mohsen, REINHOLD, John G., et al.Correlation of zinc concentrations in human plasma and hair. The American journal of clinical nutrition, 1971, vol. 24, no 5, p. 506-509.\

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Comentários

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1 comentário

Maria M.

16/12/2022

Achei o texto muito bom, só discordo do começo. Pessoas de 30 e 40, inclusive as de 50 também são pessoas jovens, não é só antes disso. Pintar cabelo de branco pode ser entre adolescentes e pessoas adultas mais novas, mas pessoas mais velhas também são novas e jovens.

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