O colostro é a primeira secreção láctea das glândulas mamárias e o primeiro alimento que o bebé ingere quando é amamentado, portanto o ser humano apenas consome colostro por um período de tempo muito curto da sua existência, 24 a 48 horas após o nascimento.
Colostrum é um colostro de origem bovina cujas propriedades são semelhantes às do colostro humano. Provém de vacas leiteiras que acabaram de dar à luz e tem a vantagem de poder ser obtido em quantidades consideráveis.
Historicamente, foi na Europa de Leste que se iniciou o consumo de colostro, mas foi sobretudo nas décadas de 1970-1980, e na sequência da reabilitação da amamentação materna, que os investigadores se debruçaram sobre o papel que este podia desempenhar no desenvolvimento do sistema imunitário do recém-nascido.
Mais tarde, os imunologistas tentaram descobrir se poderíamos utilizar o colostro de origem bovina, rico em proteínas, imunoglobulinas e hormonas do crescimento, como estimulante da imunidade no Ser Humano, e utilizá-lo no tratamento de várias afecções: problemas gastrointestinais, infecções respiratórias, artrite reumatóide e em outros domínios que os investigadores validaram cientificamente nos estudos que lhe consagraram.
Uma composição única e vital
Ao debruçar-nos sobre a sua composição, constatamos que poucas substâncias de utilização nutricional possuem tantos elementos vitais essenciais. Podem ser classificadas em três categorias distintas:
• substâncias aptas a “potenciar” o sistema imunitário;
• factores de crescimento;
• nutrientes essenciais bioactivos que o organismo utiliza para contrabalançar vários desequilíbrios ou afecções que alteram a saúde.
1. Compostos específicos que potenciam a resposta imunitária.
• Imunoglobulinas (Ig), mais conhecidas por anticorpos. O sistema imunitário utiliza esta grande família para identificar, atacar e neutralizar as bactérias e os vírus. Distinguem-se cinco classes principais:
- IgG: o colostro de origem bovina é o mais rico nesta substância e confere também uma maior imunidade face aos agentes patogénicos (bactérias, vírus, toxinas);
- IgA: existente sobretudo no sistema gastrointestinal, respiratório e genital;
- IgM: que atacam principalmente as bactérias patogénicas;
- IgE: que são factores importantes nas reacções alérgicas e digestivas;
- IgD: que trabalham em sinergia com os IgM para dar instruções aos linfócitos B para entrar em acção.
• Citocinas, que constituem uma grande família de moléculas importantes de sinalização entre as células. Trata-se de mediadores essenciais da regulação imunitária, reguladores específicos do desenvolvimento e do crescimento celular epitelial e dos factores implicados no controlo negativo da inflamação.
• Lactoferrina, uma glicoproteína ligada ao ferro, que se opõe ao desenvolvimento bacteriano (em particular Escherichia coli e salmonelas).
• Lisozima, uma enzima que destrói as paredes bacterianas e actua em sinergia com os IgA e a lactoferrina.
• Lactoalbumina, rica em aminoácidos essenciais necessários ao crescimento e ao desenvolvimento do esqueleto.
• Lactoperoxidase, que protege as glândulas mamárias das infecções provocadas por inúmeros vírus.
• PRP (Proline-rich Peptid), constituída por uma pequena cadeia de aminoácidos que propicia o crescimento e a diferenciação dos linfócitos B, das células Natural Killers (NK) e que garante a proliferação dos leucócitos.
2. Factores de crescimento
• Trata-se de factores de sinalização entre células. Participam na estimulação do crescimento celular, na sua diferenciação e na sua maturação. De entre as mais importantes, salientamos:
- insuline like growth factor (IGF), que é o constituinte mais abundante do colostro de origem bovina e desempenha um papel predominante no crescimento da criança e tem um efeito anabolizante no adulto;
- epidermal growth factor (EGF), que ajuda a modular o desenvolvimento da epiderme, das glândulas mamárias e do intestino;
- fibroblast growth factor (FGF), que dão origem a novos vasos sanguíneos e apoiam a actividades destes;
- platelet growth factor, que garante o crescimento e a divisão celular bem como a formação de novos vasos sanguíneos;
- transforming growth factor, alfa e beta, indispensáveis à regeneração tecidual e à formação da cartilagem.
3. Nutrientes essenciais
• vitaminas: A, D3, B2, B9, B12;
• minerais e iões catalisadores do metabolismo, da formação de ATP e da trama óssea: magnésio, fósforo, potássio, zinco, cálcio, ferro, sódio…
• glúcidos, aminoácidos, proteínas…
Assim a toma de colostro – pela sua composição única – possui duas aplicações essenciais:
• A estimulação e o reforço do sistema imunitário, a partir de 1 grama por dia. Os resultados dos ensaios realizados mostraram uma protecção contra as afecções respiratórias, a gripe invernal e as afecções sazonais.
• A melhoria dos desempenhos físicos e da massa muscular em doses mais elevadas.
Outros ensaios realizados evidenciaram efeitos positivos nos índices de colesterol e de triglicéridos no sangue e nas cetonas, em especial nos diabéticos com um índice de glicose elevado.
Para beneficiar de todas as suas vantagens, aconselha-se tomar duas cápsulas por dia de Colostrum padronizado a 30% de IgG. As
cápsulas gastrorresistentes garantem uma proteção e uma absorção óptimas dos diferentes constituintes frágeis.
Foram relatados muito poucos efeitos indesejáveis na sequência da toma de colostro, à excepção de ligeiros desarranjos gastrointestinais no início da toma do suplemento.
A única contra-indicação possível à toma de colostro de origem bovina diz respeito aos indivíduos alérgicos aos produtos lácteos.
Adultos. Tomar 2 cápsulas por dia.
Cada cápsula contém 500 mg de colostro.
Atenção: contém derivados lácteos.