Suplemento alimentar de petasite-híbrida em caso de alergias sazonais

A petasite-híbrida, também conhecida pelo nome botânico de Petasites hybridus ou de “carrapicho”, pertence à família das asteráceas. Antigamente as suas folhas imensas e o seu rizoma eram utilizados para embrulhar as porções de manteiga afim de as proteger do calor; razão pela qual ainda é conhecida por butterbur em inglês.

Uma utilização antiga e apreciada

Como é frequente no caso das plantas medicinais, notamos primeiro uma utilização antiga e de cariz empírico, ou seja, que se apoia exclusivamente na experiência e na observação.
No século XVII, é utilizada sobretudo para tratar a tosse e a asma. As suas propriedades antiespasmódicas e analgésicas são reconhecidas, mas é a partir de 1950 que se verifica que ela exerce também actividades anti-inflamatórias e antialérgicas. É, aliás, distribuída gratuitamente para tratar as crises de enxaqueca, a rinite alérgica ou a febre dos fenos. A empresa suíça Zeller tira então partido dos seus benefícios comercializando “Tesalin”, concebido a partir das folhas da planta.

Que devemos reter hoje em dia dos benefícios da petasite-híbrida com base no conhecimento científico de que dispomos?

Nas patologias respiratórias (alérgicas ou não), dois estudos mostraram que a petasite-híbrida constituía um tratamento adjuvante da asma, podendo reduzir a frequência das crises e diminuir as doses de corticosteróides utilizadas.
No tratamento da febre dos fenos o extracto normalizado de folhas de petasite-híbrida (Tesalin) diminui a congestão nasal, os espirros, a irritação ocular e a lacrimejo. Reconhecem-se aqui os efeitos clássicos dos anti-histamínicos, mas sem os efeitos secundários gastrointestinais ou de sonolência que geralmente os acompanham.

Para combater as enxaquecas, particularmente rebeldes em alguns sujeitos, a petasite-híbrida permitiu reduzir a frequência e a duração das crises com doses de 25 mg (duas vezes por dia). Com doses mais elevadas (100 a 150 mg por dia), as crises são reduzidas em 48%!

Estes dados, por si só, podem justificar uma reconsideração da petasite-híbrida, tanto mais que se confirmou por meio de ensaios clínicos uma nova propriedade essencial: a planta pode tratar os espasmos das vias urinárias causados por cálculos, bem como os problemas espasmódicos da bexiga. A petasite-híbrida reduz também a urgência e a frequência das micções, relaxando os músculos involuntários por inibição da síntese dos leucotrienos, um tipo particular de lípidos.