Probiótico Bacillus coagulans para o equilíbrio da microbiota intestinal

Bacillus Coagulans Probiotic é um suplemento alimentar probiótico de Bacillus coagulans que contém nada menos que 2 mil milhões de microrganismos por cápsula.

Na interseção dos lactobacilos e dos bacilos, esta bactéria alóctone apresenta uma resistência a toda a prova às condições ambientais extremas (como a acidez das secreções digestivas), o que garante a sua total integridade até às vias intestinais. Concentra por isso as esperança da investigação, nomeadamente na luta contra as perturbações funcionais intestinais.

Este suplemento integra assim a nossa categoria Digestão e conforto oro-gastrointestinal.

Bacillus coagulans – probiótico singular

Isolada pela primeira vez em 1932, a Bacillus coagulans é uma bactéria de Gram positivo em forma de bastonete, com um tamanho de 0,9 μm x 4,0 μm, em média, capaz de viver tanto em ambiente aeróbio como anaeróbio (privação de oxigénio). Não presente no estado natural na flora intestinal, pode contudo entrar nela através do consumo de frutas, legumes e produtos da terra (1).

Embora esteja classificada atualmente como membro do género Bacillus, a sua taxinomia foi alvo de debate durante muito tempo. Mais conhecida então pelo nome de Lactobacillus sporogenes, foi considerada como sendo um lactobacilo devido à sua capacidade de produzir ácido láctico. Foi a formação de esporos no respetivo citoplasma, inexistente nos lactobacilos e bifidobactérias, que incitou os cientistas a classificá-la, por fim, do lado dos bacilos.

Protegida pela sua cápsula natural, a B. coagulans não é desnaturada pelas temperaturas elevadas, pela desidratação, pela osmolaridade nem pelas alterações do pH ambiente, o que lhe permite passar além do ácido clorídrico do estômago, da pepsina, da pancreatina, dos iões, das enzimas digestivas, da bílis e da mucina. Por conseguinte, calcula-se que 85% dos esporos chegam ao intestino (2). Estes podem depois “germinar” e proliferar no trato intestinal 4 a 6 horas após a sua administração oral.

De acordo com as mais recentes descobertas da investigação, os probióticos que formam esporos, como a Bacillus coagulans, poderiam propiciar a boa saúde do hospedeiro desempenhando um papel em vários planos: na modulação da composição da microbiota intestinal, na manutenção da homeostasia imunitária e também na síntese de enzimas digestivas e na produção de bacteriocinas antimicrobianas.

Quais são os benefícios de Bacillus Coagulans Probiotic?

• Um candidato sério face ao cólon irritável. Vários estudos analisaram o impacto da coagulans na mitigação dos sintomas da síndrome do intestino irritável (SII). Um estudo aleatório realizado em dupla ocultação reportou, nomeadamente, uma melhor tolerância às dores abdominais, um trânsito intestinal mais harmonioso e uma redução dos estados de ansiedade associados (3).
• Um apoio durante as antibioterapias. A toma repetida ou prolongada de antibióticos tende a desestabilizar a composição da flora microbiana afetando o equilíbrio entre bactérias benéficas e bactérias patogénicas. Este estado, dito de “disbiose”, traduz-se frequentemente por uma alteração do trânsito intestinal. Um estudo realizado com pessoas que sofriam de diarreia aguda acompanhada por desconforto abdominal mostrou uma melhoria clara da qualidade de vida na sequência da toma de um suplemento de coagulans (estirpe LBSC) (4).
• Um empurrãozinho aos trânsitos intestinais preguiçosos. Um estudo realizado com pessoas que sofriam de obstipação funcional sugere uma eficácia significativa da estirpe coagulans Unique IS-2. No final do estudo, 98% das pessoas do grupo que tomou o probiótico recuperaram fezes de consistência normal, contra apenas 74% no grupo que tomou o placebo. As queixas relativas à evacuação incompleta, à defecação dolorosa e aos espasmos também diminuíram (5).
• Um adjuvante estudado nas infeções ginecológicas. A toma de um suplemento de coagulans foi proposta a 40 mulheres com diagnóstico de vaginose bacteriana, frequentemente resistente às terapias antimicrobianas clássicas, como complemento de uma antibioterapia. Relativamente ao grupo de controlo, foi registado quase o dobro de respostas positivas ao tratamento (6).
• Uma modulação dos processos imunitários. A Coagulans parece interferir com o sistema imunitário de várias formas. Os seus esporos libertam bacteriócidos (como a coagulina e a lactosporin), ácido láctico e ácidos gordos de cadeia curta como o ácido butírico, suscetíveis de fechar a via aos microrganismos oportunistas (7). Vários trabalhos sugerem igualmente que esta bactéria poderia mediar a resposta dos linfócitos T a determinadas infeções virais das vias respiratórias e inibir a libertação de TNF-α, de amiloide A sérico e de fibrinogénio no rato com artrite (8-9).
• Aplicações potenciais na esfera bucodentária. A Coagulans poderia, por último, combater os efeitos cariogénicos dos micróbios da biopelícula. Cria um terreno ácido e anaeróbico desfavorável às estirpes patogénicas como o Streptocoques mutans, mas propício ao desenvolvimento de boas bactérias lácticas (10).

Bacillus coagulans e Bacillus subtilis – quais as diferenças?

Bacillus coagulans e Bacillus subtilis partilham a mesma família, dos Bacillaceae e ambas formam esporos. Diferenciam-se sobretudo pela posição dos seus endósporos (terminal na B. coagulans, sub-terminal na B. subtilis).

Estes dois probióticos contribuem de forma complementar para o equilíbrio intestinal e podem perfeitamente ser combinados para enriquecer a diversidade microbiótica. A sua associação no rato saldou-se por uma recrudescência de bactérias lácticas benéficas e por uma diminuição das bactérias nefastas (coliformes) (11).