Inúmeras pessoas utilizam suplementos alimentares para regenerar a sua cartilagem danificada pela inflamação, pelo desgaste ou pelos traumatismos repetidos (em particular depois dos 65 anos). Descubra os 4 melhores suplementos para a cartilagem.
Simultaneamente flexível e resistente, a cartilagem é um tecido que desempenha um papel crucial no corpo humano, cobrindo as extremidades dos ossos ao nível das articulações para facilitar o respetivo movimento e absorver os impactos.
Contrariamente a outros tipos de tecidos (músculos, tendões, pele…), a cartilagem tem uma capacidade de regeneração limitada devido ao seu fraco aporte sanguíneo, ausência de vasos linfáticos, de nervos e a uma fraca densidade de células.
Além disso, os condrócitos – as principais células que constituem a cartilagem e que fabricam a respetiva matriz (e nomeadamente o colagénio) – têm uma capacidade limitada de divisão e de reparação, sobretudo na idade adulta. Em caso de lesões, a sua cicatrização é, portanto, lenta ou mesmo praticamente inexistente nos adultos.
Com o passar do tempo, a cartilagem danifica-se e torna-se menos flexível.
As atividades repetitivas, as cargas pesadas impostas às articulações ao longo da vida (acentuadas pelo excesso de peso), as lesões, e também o surgimento de inúmeras patologias, como a artrose, as doenças inflamatórias e a diabetes, bem como os efeitos acumulados das carências alimentares (nomeadamente em vitamina D) contribuem para este desgaste progressivo.
Dado ser difícil regenerar a cartilagem danificada, convém fazer o máximo para atrasar a respetiva degradação e manter o seu funcionamento ideal o maior tempo possível. Para isso, recomendam-se geralmente 3 medidas (1):
Alguns estudos mostraram que seria possível, apesar de tudo, estimular a regeneração da cartilagem até certo ponto, por meio de intervenções cirúrgicas e de terapias inovadoras (2), mas também graças a substâncias nutricionais, disponíveis na forma de suplementos alimentares.
A condroitina é um constituinte essencial da cartilagem, fabricado diretamente pelo organismo. Inúmeros trabalhos científicos mostraram que ela poderia estar associada à reconstrução da cartilagem.
Estão em jogo três mecanismos de ação, embora continuem a ser objeto de estudo; a conservação da água na matriz da cartilagem, a inibição de determinadas enzimas que destroem a cartilagem (nomeadamente as MMP e as agrecanases) e a estimulação dos condrócitos para produzirem mais matéria, como colagénio (3-5).
Durante muito tempo minimizou-se a sua ação potencial no âmbito de uma suplementação, pois a condroitina é uma molécula de grandes dimensões e a respetiva absorção é relativamente fraca, mas parece que o seu índice de absorção (8 a 20%) é, mesmo assim, suficiente para ter efeitos clínicos. Opte preferencialmente por condroitina de origem marinha, reconhecida pela sua elevada biodisponibilidade (como Chondroitin Sulfate 95%).
Tal como a condroitina, a glucosamina é sintetizada pelo organismo em situação normal, a partir da glicose e da glutamina. Inúmeros estudos mostraram que as cartilagens degeneram quando o método de fabrico da glucosamina fica desregulado.
São considerados vários mecanismos de ação para justificar o seu efeito reparador na matriz da cartilagem: um papel decisivo no fabrico natural de vários constituintes da matriz (os glicosaminoglicanos e os proteoglicanos), a sua contribuição para a lubrificação das articulações e a inibição que opera nas enzimas destruidoras. Algumas fórmulas sinérgicas para as articulações contêm sulfato de glucosamina de origem marinha (como Joint Support Formula).
Voltemos ao caso do colagénio. Também no caso dele, o organismo consegue, em teoria, fabricar esta proteína em quantidade suficiente, mas ela está em falta na cartilagem degenerescente. Um nível ideal de colagénio é indispensável para qualquer esperança de reparação da cartilagem.
Alguns estudos levam a pensar que um aporte exógeno de colagénio de tipo II poderia estimular o fabrico de colagénio pelo organismo (6). Encontramo-lo principalmente nas miudezas e nos suplementos alimentares de colagénio especializados para a cartilagem (como UC II®).
Em alternativa, é igualmente possível associar a toma de glicina – um dos materiais de base para fabricar o colagénio – e vitamina C, que contribui para a formação do colagénio e para o funcionamento normal da cartilagem.
Embora as articulações jovens o contenham em grandes quantidades, a produção de ácido hialurónico pelo organismo diminui com o passar das décadas, tornando as articulações menos flexíveis e mais dolorosas.
De facto, trata-se de um constituinte essencial do líquido sinovial, que contribui para amortecer os impactos e fornecer nutrientes aos condrócitos da cartilagem. Sem ele, os resíduos naturais e derivados do desgaste das articulações não são eliminados corretamente, o que perturba o funcionamento e a reparação da cartilagem.
Para tentar regenerar a cartilagem das articulações em plena degenerescência, pratica-se frequentemente a viscosuplementação, que consiste em injetar na articulação um gel à base de ácido hialurónico, mas existem igualmente suplementos alimentares pertinentes capazes de fornecer ácido hialurónico de elevado peso molecular assimilável pelo organismo (como Hyaluronic Acid).
Referências
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