O termo vitamina K agrupa diversas substâncias envolvidas na activação de determinados factores da coagulação (“Koagulation” em alemão). Na verdade, depois de chegar aos vasos linfáticos, é captada pelos quilomícrons e acumula-se ao nível do fígado – onde vai participar na síntese de quatro factores da coagulação, entre eles o factor II (protrombina) e respectiva conversão em trombina.
Até muito recentemente, pensava-se que apenas existia uma única forma e uma única família activa de vitamina K, representada pela vitamina K1 (fitomenadiona ou filoquinona). É esta a forma que encontramos essencialmente nas plantas e nos legumes verdes e crucíferas: couves, chucrute, salsa, espinafres, alface. É lipossolúvel, estável com o calor, mas sensível à luz e aos meios alcalinos.
Outras formas de vitamina K, essencialmente a vitamina K2, que se divide em duas formas, a MK-4 e a MK-7, foram recentemente objecto de trabalhos importantes que evidenciaram novas propriedades, além da sua envolvência nos mecanismos da coagulação sanguínea, cuja importância está amplamente comprovada.
As menaquinonas (vitamina K2) são sintetizadas pelas bactérias do tracto intestinal, mas infelizmente são globalmente eliminadas nas matérias fecais em vez de serem distribuídas nos vasos, nos ossos e nos diferentes tecidos.
Encontramos também estas vitaminas K2 nas miudezas de animais, nas carnes, nos produtos fermentados tais como certos queijos e sobretudo no nattō, um alimento japonês tradicional à base de soja fermentada, de longe a fonte mais relevante de vitamina K2, mas que lamentavelmente não é consumido diariamente pelos ocidentais.
Sabemos agora que a vitamina K2 se mantém muito tempo activa no organismo humano (até 72 horas), em doses muito fracas, sendo dez vezes mais biodisponível do que a vitamina K1 e que actua em sinergia com inúmeros nutrientes como a vitamina D ou o cálcio.
Existe também uma forma sintética, a vitamina K3 (menadiona), que não é utilizada pois interfere com o arsenal antioxidante de defesa das células e pode levar a uma oxidação das membranas celulares. No lactente, pode provocar uma destruição dos glóbulos vermelhos, que pode conduzir a anemia.
A toma de suplementos deve incluir vitamina K1 e vitaminas K2.
A fracção MK-4 da vitamina K2 é muito semelhante à vitamina K1, que o organismo pode aliás converter em vitamina K4, mas cuja semi vida biológica dificilmente vai para além de uma hora, o que a torna um suplemento difícil de utilizar isolado.
Por outro lado, a fracção MK-7 possui uma semi vida de três dias, o que permite uma concentração sanguínea estável e a utilização de doses fracas sem efeitos cumulativos.
O Nattō constitui uma das suas principais fontes de extracção.
Segundo os estudos mais recentes, a MK-7 revela-se um dos melhores agentes preventivos contra a inflamação crónica que pode provocar danos durante anos a fio, silenciosamente, nos tecidos e contribuir dessa forma para o desenvolvimento de doenças intrinsecamente ligadas a esse tipo de inflamação: cancros, obesidade, doenças cardiovasculares (acidentes vasculares cerebrais, enfartes). Na verdade, os estudos mostraram que ela inibia os marcadores pró-inflamatórios produzidos pelos monócitos.
Contudo, o papel biológico da vitamina K2 vai ainda mais longe.
Fixa o cálcio nos tecidos onde se deve normalmente encontrar, ou seja, nos ossos e nos dentes. Assim, ao activar a síntese de osteocalcina – uma hormona específica do tecido ósseo, sintetizada pelos osteoblastos – garante a mineralização capturando e repartindo o cálcio pelo organismo, ao nível dos ossos e dos dentes. Reduz assim os acidentes ligados à osteoporose impedindo as fracturas (nomeadamente da bacia).
Retira o cálcio dos tecidos nos quais não devia estar presente, como as artérias e os tecidos moles, que endurece. Expelindo-o destes tecidos, ela preserva-os de uma calcificação posterior, como a aterosclerose e a calcificação aórtica.
Por último, apoia o bom funcionamento do sistema renal evitando os cálculos renais provocados pelo cálcio.
Um estudo publicado na revista Modern Rheumatology mostrou também que a vitamina K2 melhorava os sintomas da artrite reumatóide, podendo por isso servir para manter normal o nível de ATP mitocondrial e melhorar os problemas associados à doença de Parkinson.
Dose diária: 1 cápsula
Número de doses por caixa: 60 |
Quantidade por dose
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Vitamina K1 (fitonadiona) |
1 500 mcg |
Vitamina K2 MK-4 (menaquinona 4) |
1 000 mcg |
Vitamina K2 MK-7 [MenaQ7™ (menaquinona 7)] |
150 mcg |
Outros ingredientes: Goma-arábica, farinha de arroz.
MenaQ7™, NattoPharma ASA, Noruega.
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adultos. Tomar uma cápsula por dia.
Atenção: Se toma medicamentos anticoagulantes aconselhe-se com o seu terapeuta.