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Como perder barriga depois do parto?

Flácida, descaída… Passada a felicidade de ter dado a vida a um bebé, muitas jovens mamãs desencantam-se no que toca à sua barriga. Os nossos conselhos para reduzir e tonificar esta zona depois do parto.

Barriga depois do parto

Barriga grande depois do parto – porquê?

Se há uma zona que sofre inúmeras mudanças durante a gravidez, essa zona é a barriga! Além da linea nigra e das estrias que marcam a pele, a jovem mamã vê-se por vezes confrontada com uma barriga mole, flácida ou inchada no período pós-natal. Infelizmente, esta situações não desaparecem por um passe de mágica.

Além de uma impregnação hormonal característica, o útero sofre uma expansão dantesca para se adaptar ao crescimento do feto; começando do tamanho de um figo, no início da gestação, fica com o volume de uma abóbora 9 meses mais tarde.

Por isso, é necessário dar tempo aos músculos uterinos para que estes recuperem o seu tamanho inicial, um processo que se chama involução uterina (1). Este processo demora 4 a 8 semanas. É acompanhado por contrações semelhantes aos espasmos menstruais (cólicas) e corrimentos vaginais sanguíneos (lóquios).

A gravidez distende igualmente os músculos da faixa abdominal, o que induz um certo relaxamento (2). Por último, os “quilos da gravidez”, em particular os das reservas adiposas armazenadas para suprir as necessidades energéticas da mãe e do feto, podem demorar tempo a ser queimadas (3). Isto apesar de a expulsão do bebé, da placenta e do líquido amniótico libertarem a jovem mamã de 5 a 8 kg, em média, depois do parto!

Barriga post-partum – quanto tempo?

As mamãs não são todas iguais no que toca à barriga de gravidez. Se é verdade que algumas recuperam a barriga lisa no espaço de alguns dias ou semanas após o nascimento do bebé, outras precisarão de mais tempo, consoante a natureza da sua pele ou o seu metabolismo (4). Há, aliás, um ditado popular que diz: “9 meses para o fazer, 9 meses para o desfazer”. Paciência e tolerância são o que é preciso.

Livrar-se da barriga após uma cesariana – é mais difícil?

As mulheres sujeitas a uma cesariana podem, de facto, ter mais dificuldades em perder a barriga post-partum devido a vários fatores:

  • comparativamente a um parto normal, o parto por cesariana não solicita os músculos uterinos nem os músculos abdominais e não contribui para lhes devolver tonicidade de forma natural (5);
  • o processo de cicatrização obriga a jovem mamã a adiar várias semanas a sua reeducação perineal e/ou abdominal e, portanto, a retoma de uma atividade física, benéfica para o reforço muscular e a perda de peso;
  • os órgãos reposicionam-se mais lentamente, o que predispõe à acumulação de gases e ao surgimento de inchaços durante as primeiras semanas, o que faz aumentar o volume da barriga (6);
  • a cesariana pode ocasionar a formação de uma prega deselegante acima da cicatriz: normal na fase pós-operatória, por vezes esta prega persiste muito tempo em determinadas mulheres. Pode ser corrigida por meio de cirurgia ou intervenção de natureza cirúrgico-estética (liposucção ou mini-abdominoplastia).

Barriga flácida depois do parto – como a tonificar?

A reeducação abdominal

A reeducação abdominal segue-se geralmente à reeducação do períneo, destinada a tonificar os músculos do pavimento pélvico e iniciada habitualmente nas 6 a 8 semanas após o parto.

Praticada por uma parteira ou um cinesioterapeuta, permite tonificar a faixa abdominal e fecha a diástase (estiramento excessivo dos grandes músculos retos) provocada pela gravidez, fazendo trabalhar os músculos abdominais profundos (7). O método mais conhecido assenta na ginástica hipopressiva que combina apneia expiratória e encadeamento de posturas.

Regra geral, uma vez conseguida esta dupla reeducação, a retoma do desporto não constitui problema.

Uma alimentação adequada

É vivamente desaconselhado fazer uma dieta drástica imediatamente após o parto, que fragilizaria o organismo já posto à prova por 3 trimestres de gravidez e um parto. Ainda menos em caso de amamentação, que exige rever em alta as suas necessidades energéticas diárias (cerca de + 500 kcal). Em contrapartida, deve ser adotada uma alimentação equilibrada o mais cedo possível para recuperar rapidamente o seu peso de forma (e perder a sua barriguinha).

Neste caso, os conselhos são os mesmos que para a população geral: uma relação correta entre glúcidos, proteínas e lípidos, frutas e legumes em abundância, uma boa hidratação (1,5 L de água por dia) e, principalmente, produtos da terra e pouco transformados (8).

A moderação deve imperar no que toca ao açúcar, ao sal, às gorduras saturadas e ao álcool – totalmente proibido às mamãs que amamentam, voltamos a lembrar! Atenção também às bebidas gasosas e aos legumes crus, que têm tendência para provocar gases.

Contudo, é importante desfrutar (mesmo assim) dos pequenos prazeres bem merecidos desta grande epopeia: uma fatia de bolo caseiro ao fim de semana ou um quadradinho de chocolate preto no fim da refeição, estão aprovados.

A utilização de cintas abdominais no pós-parto

A utilização de cintas abdominais é uma tradição ancestral que encontramos em diferentes formas e com vários nomes em inúmeras civilizações: “Rebozo” no México, “Bengkung” na Malásia (9)...

O princípio consiste em envolver a bacia da mamã num tecido longo e rígido para realinhar os ligamentos distendidos pela gravidez e afastados aquando do parto.

A utilização de cinta abdominal pós-natal é preconizada desde os primeiros dias a seguir ao nascimento (mas não até às 6 semanas em caso de cesariana) por períodos com uma duração de 45 minutos. Deve ser repetida regularmente durante os primeiros meses do pós-parto.

A massagem da zona abdominal no pós-parto

Massajar a sua barriga no período pós-natal estimula a circulação sanguínea e linfática potenciando a síntese da elastina e do colagénio, duas proteínas que conferem flexibilidade e firmeza à pele. Além dos seus benefícios físicos, a massagem abdominal produz uma sensação de relaxamento psicológico propício a uma melhor gestão do stress (que é um obstáculo à perda de peso).

Salvo contra-indicações do seu ginecologista, pode ser realizada a partir da primeira semana a seguir a um parto normal. Em caso de cesariana, é preferível aguardar até a cicatrização estar concluída (não antes de 6 semanas).

O truque adicional: para manter uma boa elasticidade dos tecidos, continue a aplicar o seu óleo ou creme anti-estrias habitual.

Perder barriga depois do parto – os melhores suplementos alimentares

Não consegue voltar a ter uma barriga lisa depois da chegada do seu bebé? Além de todas estas boas práticas, determinados suplementos alimentares podem apoiar os seus esforços. Atenção: é imperativo aconselhamento médico em caso de amamentação ou de complicações durante o parto.

A semente-do-paraíso, ou “maniguete”, é uma especiaria inscrita há muito tempo na farmacopeia da África Ocidental, onde é utilizada tradicionalmente em caso de desarranjos digestivos. Além disso, inúmeros estudos realizados exibiram o papel do 6-paragol, um dos seus principais constituintes, na termogénese do tecido adiposo (é precisamente por esta razão que Paradoxine®, extraído da semente-do-paraíso, aposta numa normalização de 12,5% de 6-paradol) (10). Contrariamente a muitos agentes “queima-gorduras”, tem a particularidade de ser totalmente isento de cafeína, frequentemente desaconselhada no post-partum.

Como o equilíbrio emocional influencia indiretamente o processo de perda de peso, é igualmente sensato apoiar-se em plantas adaptogénicas para reforçar a sua resistência física e mental. Entre as mais apreciadas em pós-parto, figura a rodiola; além da sua capacidade de apoiar a condição física e o sistema nervoso, suscita duplamente o interesse dos investigadores em virtude da sua afinidade particular com os adipócitos da região abdominal (disponível em Rhodiola Rosea, normalizado a 5% de rosavina e 1,8% de salidrósido para uma eficácia maximizada) (11-12).

Um ensaio aleatório debruçou-se também sobre o interesse potencial da toma de um suplemento de estirpes probióticas Lactobacillus rhamnosus GG e Bifidobacterium lactis durante a gravidez, como complemento das medidas dietéticas, com o intuito de limitar o aumento de peso post-partum (duas estirpes que estão presentes na superaliança Full Spectrum Probiotic Formula) (13).

O CONSELHO SUPERSMART

Referências

  1. Paliulyte V, Drasutiene GS, Ramasauskaite D, Bartkeviciene D, Zakareviciene J, Kurmanavicius J. Physiological Uterine Involution in Primiparous and Multiparous Women: Ultrasound Study. Obstet Gynecol Int. 2017;2017:6739345. doi: 10.1155/2017/6739345. Epub 2017 May 7. PMID: 28555159; PMCID: PMC5438840.
  2. Fukano M, Tsukahara Y, Takei S, Nose-Ogura S, Fujii T, Torii S. Recovery of Abdominal Muscle Thickness and Contractile Function in Women after Childbirth. Int J Environ Res Public Health. 2021 Feb 22;18(4):2130. doi: 10.3390/ijerph18042130. PMID: 33671663; PMCID: PMC7926552.
  3. Institute of Medicine (US) Committee on Nutritional Status During Pregnancy and Lactation. Nutrition During Pregnancy: Part I Weight Gain: Part II Nutrient Supplements. Washington (DC): National Academies Press (US); 1990. 5, Total Amount and Pattern of Weight Gain: Physiologic and Maternal Determinants. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK235227/
  4. Tinius RA, Yoho K, Blankenship MM, Maples JM. Postpartum Metabolism: How Does It Change from Pregnancy and What are the Potential Implications? Int J Womens Health. 2021 Jun 17;13:591-599. doi: 10.2147/IJWH.S314469. PMID: 34168507; PMCID: PMC8216742.
  5. Kwon YJ, Hyung EJ, Yang KH, Lee HO. How different modes of child delivery influence abdominal muscle activities in the active straight leg raise. J Phys Ther Sci. 2014 Aug;26(8):1271-4. doi: 10.1589/jpts.26.1271. Epub 2014 Aug 30. PMID: 25202194; PMCID: PMC4155233.
  6. Dimitrov A, Nikolov A, Nashar S, Mikhova M, Pavlova E, Krŭsteva K. [Puerperal uterine involution according to the method of delivery]. Akush Ginekol (Sofiia). 2007;46(9):14-8. Bulgarian. PMID: 18642558.
  7. Laframboise FC, Schlaff RA, Baruth M. Postpartum Exercise Intervention Targeting Diastasis Recti Abdominis. Int J Exerc Sci. 2021 Apr 1;14(3):400-409. PMID: 34055160; PMCID: PMC8136546.
  8. Balsarkar G. Clinical Practice Guidelines for Weight Management in Postpartum Women: An AIIMS-DST Initiative in Association with FOGSI. J Obstet Gynaecol India. 2022 Apr;72(2):99-103. doi: 10.1007/s13224-022-01654-7. Epub 2022 Mar 23. PMID: 35492855; PMCID: PMC9008111.
  9. Ridzuan MH, Ali MF, Tan CE, Abdul Aziz AF. Traditional and Complementary Medicine Use During Postpartum Period: A Cross-Sectional Analysis at a Rural, Public Maternal and Child Health Clinic in West Malaysia. 2021 Jun 3;13(6):e15410. doi: 10.7759/cureus.15410. PMID: 34249557; PMCID: PMC8254049.
  10. Sugita J, Yoneshiro T, Sugishima Y, Ikemoto T, Uchiwa H, Suzuki I, Saito M. Daily ingestion of grains of paradise (Aframomum melegueta) extract increases whole-body energy expenditure and decreases visceral fat in humans. J Nutr Sci Vitaminol (Tokyo). 2014;60(1):22-7. doi: 10.3177/jnsv.60.22. PMID: 24759256.
  11. Perfumi M, Mattioli L. Adaptogenic and central nervous system effects of single doses of 3% rosavin and 1% salidroside Rhodiola rosea L. extract in mice. Phytother Res. 2007 Jan;21(1):37-43. doi: 10.1002/ptr.2013. PMID: 17072830.
  12. Pomari E, Stefanon B, Colitti M. Effects of Two Different Rhodiola rosea Extracts on Primary Human Visceral Adipocytes. 2015 May 11;20(5):8409-28. doi: 10.3390/molecules20058409. PMID: 25970041; PMCID: PMC6272273.
  13. Ilmonen J, Isolauri E, Poussa T, Laitinen K. Impact of dietary counselling and probiotic intervention on maternal anthropometric measurements during and after pregnancy: a randomized placebo-controlled trial. Clin Nutr. 2011 Apr;30(2):156-64. doi: 10.1016/j.clnu.2010.09.009. PMID: 20970896.

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