O sistema imunitário é o precioso arsenal defensivo que garante a sua sobrevivência. Descubra como o reforçar e o apoiar no quotidiano.
O papel principal do sistema imunitário consiste em proteger o organismo face aos agentes patogénicos: vírus, bactérias, parasitas… Organizado em várias linhas defensivas (barreiras físicas, glóbulos brancos, anticorpos…), empenha-se em bloquear o acesso a estes microrganismos, a neutralizá-los e/ou a eliminá-los (1-2).
Uma imunidade performante traduz-se, portanto, numa tendência mínima para ter infeções, numa recuperação rápida, numa cicatrização normal das feridas e numa boa forma física geral. Inversamente, contrair repetidamente infeções urinárias ou micoses, ter sucessivas constipações no inverno, sentir-se constantemente cansado (mesmo depois de uma boa noite de sono) testemunham frequentemente uma imunidade enfraquecida (3).
Algumas franjas da população apresentam naturalmente defesas mais fracas:
Alguns alimentos perturbam o funcionamento correto do sistema imunitário, quer por libertarem moléculas pró-inflamatórias ou pró-oxidantes, quer porque desequilibram a microbiota (cuja ligação à imunidade é atualmente ponto praticamente assente).
Os alimentos em causa são o açúcar, o álcool, as carnes gordas e os produtos de charcutaria (e, de uma forma mais geral, o excesso de produtos carnívoros), os alimentos estorricados e os produtos ultra-transformados (9), ver o nosso artigo sobre os alimentos maus para a imunidade.
O sono desempenha um papel muito importante na memória imunológica. Um estudo sugere que o repouso noturno facilitaria a redistribuição dos linfócitos T nos gânglios linfáticos e aumentaria a produção de interleucina-12 (IL-12), envolvida – entre outras coisas – na vigilância imunológica antitumoral (10).
Pelo contrário, a privação de sono prolongada estimularia a produção de citocinas pró-inflamatórias não específicas, que estão na origem da inflamação crónica de baixa intensidade e da imunodeficiência. Dormir o suficiente (entre 7 e 9 horas por noite) parece ser, por conseguinte, essencial para otimizar a resposta imunitária.
As repercussões do desporto na imunidade variam consideravelmente conforme a duração e a intensidade do esforço. A prática de exercício físico moderado com duração inferior a 60 minutos melhoraria a imunovigilância, com uma recirculação acrescida das imunoglobulinas, dos neutrófilos, das células NK (as “células assassinas”) e dos linfócitos T citotóxicos (11).
Em contrapartida, este efeito inverter-se-ia no caso da prática de exercícios intensivos prolongados. Vários estudos epidemiológicos apontam para um risco acrescido de infeções do trato respiratório superior nos maratonistas, durante a respetiva preparação ou no seguimento de uma competição (12). Contudo, determinados fatores próprios da prática de alto nível (stress mental, privação de sono…) podem enviesar a interpretação dos resultados.
O stress crónico está associado a uma subida dos níveis de cortisol e de corticosteroides. Encarregadas de conter a resposta imunitária, estas moléculas induzem a termo uma forma de “resistência” que se salda por uma produção excessiva de citocinas inflamatórias, por uma comunicação confusa entre as células imunitárias ou até pela reativação de vírus latentes (13).
Tente, por isso, afastar ao máximo as tensões nervosas através do desporto, do ioga ou da meditação, por exemplo.
Para reforçar a sua imunidade, é importante adotar uma alimentação equilibrada, rica em micronutrientes e em antioxidantes.
Na prática, aposte nas frutas e legumes coloridos (ricos em vitamina C e polifenóis) nas fibras benéficas para a flora intestinal (presentes nas leguminosas ou nos cereais integrais) e nos probióticos naturais (através dos produtos fermentados) (14). Pondere igualmente os frutos do mar (fontes de zinco) e os peixes gordos (ricos em ómega-3) (15).
São várias as vitaminas que se revelam excelentes para a imunidade.
Estrela do sumo de laranja, a vitamina C concentra-se igualmente na salsa ou no pimento. Contribui diretamente para a manutenção de uma função imunitária normal agindo em diferentes frentes: reforço da barreira epitelial, acumulação nos glóbulos brancos neutrófilos, diferenciação linfocitária (16)… Para quem consome pouca fruta e legumes, a toma de um suplemento de vitamina C é bem-vinda (por exemplo, o super potente Triple C que associa três formas sinérgicas de vitamina C).
A vitamina D, sintetizada principalmente através da exposição ao sol, contribui igualmente para manter uma função imunitária normal (inata e adquirida). Os seus recetores são aliás expressos na superfície dos linfócitos B, dos linfócitos T e das células com antigenes (17).
Alguns minerais têm igualmente excelentes efeitos para as defesas imunitárias.
Está demonstrado, nomeadamente, que a falta de zinco potencia o risco infecioso. No entanto, estima-se que mais de 20% da população mundial apresente níveis de zinco insuficientes, com maior prevalência nos idosos ou nos vegetarianos (18). Neste caso, é sensato optar por um suplemento (porque não com o prático suplemento de chupar Advanced Zinc Lozenges).
É também possível apoiar o seu sistema imunitário com plantas.
O reishi (Ganoderma lucidum) não roubou a sua alcunha de “cogumelo da imortalidade”! Inscrito na farmacopeia chinesa desde o ano 56 A.C., esta espécie micológica contribui para sustentar a imunidade graças à sua combinação única de polissacáridos, peptidoglicanos e triterpenos (disponível em Organic MycoComplex, super sinergia de 7 cogumelos medicinais provenientes de agricultura biológica) (19).
De entre os produtos da colmeia mais populares, a própolis usufrui de uma riqueza nutricional excecional, com perto de 300 compostos de exceção (flavonoides, ácidos fenólicos, vitaminas A e B, minerais…) (20). As abelhas cobrem, aliás, o interior da sua colmeia com este precioso revestimento – mistura de resinas vegetais, cera e saliva – para a tornar impermeável aos organismos indesejáveis. A própolis verde do Brasil (o ingrediente do suplemento Green Propolis) demarca-se mais especificamente pelo seu teor de artepilina C, que suscita vivo interesse no seio da comunidade científica (21).
Raiz “boost” por excelência, o ginseng contribui para a vitalidade e para a manutenção da função imunitária. Classifica-se entre as plantas adaptogénicas, capazes de melhorar a resistência e a resposta do organismo face às várias fontes de stress. Os investigadores estudaram em particular o impacto dos seus ginsenosídeos na fagocitose dos macrófagos, o processo de “digestão” dos patógenos (razão pela qual o suplemento Ginseng 30% se apoia numa normalização a 30% de ginsenosídeos) (22).
A lactoferrina é uma glicoproteína da família das beta-globulinas. Presente em abundância no colostro, “o primeiro leite materno”, fixa-se nos órgãos e secreções corporais (saliva, lágrimas, esperma, secreções brônquicas…) que servem de interface com o mundo exterior. A sua capacidade de se ligar ao ferro, pelo qual os organismos patogénicos são especialmente gulosos, explicaria o seu interesse (purificado e acondicionado sem excipientes sintéticos, o suplemento Lactoferrin provém diretamente das proteínas do soro de leite) (23).
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