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A própolis – como tirar o melhor partido possível do tesouro da colmeia?

Fabricada pelas abelhas para proteger a colmeia do frio e das doenças, a própolis é um verdadeiro tesouro biológico. Descubra os seus segredos e como tirar o melhor partido dela.

Bastonetes de própolis verde rica em benefícios

A própolis – o que é?

A própolis é fabricada pelas abelhas obreiras a partir de cera e de resinas vegetais colhidas pelas abelhas forrageiras. Com efeito, as forrageiras apoderam-se da resina segregada por centenas de espécies de árvores ou de arbustos ao nível dos botões ou da casca e levam-na para a colmeia para ser transformada pelas obreiras (1).

Estas amassam a resina juntamente com cera e saliva, na faringe, para a transformar numa espécie de massa extremamente rica que conta com perto de 400 ingredientes ativos indispensáveis à vida da colmeia.

Na verdade, a própolis é utilizada pelas abelhas como cimento para reparar a colmeira ou colar os diferentes elementos, ou para reduzir as entradas. Serve igualmente de isolante térmico da colmeia para enfrentar o frio do inverno e limitar as perdas.

Por outro lado, a própolis protege a colmeia de eventuais doenças, graças às suas propriedades antissépticas e antifúngicas. São estas mesmas propriedades que são utilizadas pelas abelhas quando embalsamam os intrusos; ao fecharem os cadáveres nestes caixões antissépticos e isolantes, permitem a respetiva secagem sem o risco de desenvolvimento de doenças na colmeia.

São estas propriedades, dentro da colmeia, que conduzem inúmeras equipas de cientistas a estudar os efeitos potenciais da própolis na saúde humana (2).

São igualmente estas propriedades que fazem com que a própolis seja utilizada tradicionalmente desde a Antiguidade, sendo, por exemplo aplicada nas feridas (3).

A composição da própolis

A própolis contém centenas de ingredientes ativos e aromáticos, provenientes, por um lado, das resinas colhidas pelas abelhas e, por outro, das reações químicas e orgânicas associadas ao fabrico da própolis, por mastigação pelas abelhas.

Assim, a composição da própolis revela inúmeras moléculas particularmente interessantes (4):

  • flavonóides;
  • chalconóides (fenóis naturais);
  • benzaldeídos;
  • álcool e ácido cinâmicos;
  • terpenos, sesquiterpenos e triterpenos;
  • esteróis;
  • aminoácidos...

No entanto, estes vários compostos estão presentes em proporções variáveis consoante a origem e o tipo de própolis.

Os diferentes tipos de própolis

Regra geral, considera-se que existem 3 grandes tipos de própolis:

  • a própolis amarela (ou castanha). É a própolis mais comum. Proveniente dos diferentes países da Europa, é geralmente extraída da resina de choupo ou de olmo. Em contrapartida, exceto se tiver certificação bio – o que supõe que as colónias apenas estão instaladas em zonas totalmente isentas de produtos fitossanitários – pode apresentar resíduos de produtos químicos ligados à agricultura intensiva;
  • a própolis verde, como a nossa Green Propolis. É proveniente da colheita, pelas abelhas, da resina do “alecrim-do-campo”, igualmente conhecido pelos botânicos pelo nome de Baccharis dracunculifolia. Esta excelente própolis é originária do Brasil e é produzida longe das terras cultivadas de forma intensiva, por forma a preservar a sua pureza;
  • a própolis vermelha, como a nossa Red Propolis. Esta própolis deriva da recolha pelas abelhas da resina da árvore sarmentácea Dalbergia ecastaphyllum, que cresce nos manguezais dos países tropicais. É a mais rara e a mais interessante das própolis existentes.

Se se interessa pelos suplementos alimentares derivados dos produtos da colmeia, pode também desfrutar da riqueza nutritiva da geleia real, com Organic Royal jelly 4 % (um suplemento bio normalizado a 4% de 10-HDA).

Em que forma devemos tomar a própolis?

A própolis é frequentemente apresentada na forma de spray conseguido por extração alcoólica. Estes sprays destinam-se a uma pulverização bucal para um tratamento das gengivas, da língua e da garganta. É também o caso da própolis disponibilizada na forma de pomadas, igualmente destinadas a aplicação local.

Para tirar o melhor partido possível dos mais de 400 ingredientes ativos e aromáticos da própolis e garantir a sua passagem por todo o organismo, a melhor solução é, por conseguinte, ingeri-la – para que os seus compostos sejam absorvidos durante a digestão. Desta forma, a própolis funcionará como complemento da alimentação para lhe garantir um consumo significativo de flavonóides, de aminoácidos, etc.

Conclusão: se pretende consumir o tesouro da colmeia que é a própolis nas melhores condições, para complementar uma alimentação saudável e equilibrada, rica em frutas e legumes frescos e crus, de fibras e de proteínas magras... aconselhamos escolher cápsulas de extrato normalizado de própolis vermelha ou de própolis verde, com elevado teor de ingredientes ativos.

Referências

  1. E. L. Ghisalberti (1979) Propolis: A Review, Bee World, 60:2, 59-84, DOI: 10.1080/0005772X.1979.11097738
  2. A. Aparecida Berretta, M. A. Duarte Silveira, J. M. Cóndor Capcha, D. De Jong, Propolis and its potential against SARS-CoV-2 infection mechanisms and COVID-19 disease Running title: Propolis against SARS-CoV-2 infection and COVID-19, Biomedicine & Pharmacotherapy, Elsevier, November 2020
  3. https://eurekasante.vidal.fr/parapharmacie/complements-alimentaires/propolis.html
  4. Mc Marcucci. Propolis: chemical composition, biological properties and therapeutic activity. Apidologie, Springer Verlag, 1995, 26 (2), pp.83-99

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