0
pt
US
W1301EG
251755527

O meu carrinho

O seu carrinho está vazio.
Menu

Qual o probiótico indicado em caso de infeção urinária?

Quando 50% das mulheres sofrerão, pelo menos, um episódio de infeção urinária ao longo da sua vida, as pessoas viram-se cada vez mais para os probióticos em caso de infeções urinárias. É eficaz fazê-lo? Como cuidar da sua vulva e da sua vagina?

Mulher com infeção urinária

Infeção urinária, cistite – um problema maioritariamente feminino

As causas da cistite

A cistite é uma inflamação da bexiga provocada geralmente por uma infeção bacteriana. A bactéria mais frequentemente associada a este problema é a Escherichia Coli, naturalmente presente no sistema digestivo, nomeadamente ao nível do reto e do cólon.

A cistite surge quando bactérias Escherichia Coli naturalmente presentes no cólon e no reto migram para os genitais e, depois, sobem a uretra, antes de se implantarem na parede da bexiga. Aí, as bactérias colonizam o meio, provocando a infeção urinária (1).

Infeção urinária – sintomas

A infeção urinária manifesta-se por vários sintomas particularmente incomodativos (2):

  • ardor e dor ao urinar;
  • sensação de peso ou dor no baixo ventre;
  • necessidades urgentes de urinar associadas a micção fraca;
  • urina turva e/ou com odor anormal ou até com resíduos de sangue.

Regra geral sem gravidade, as infeções urinárias podem, no entanto, originar complicações, nomeadamente ao nível dos rins, quando as bactérias patogénicas sobem pelo uréter e colonizam os rins; nesse caso, surge uma pielonefrite.

Porque é que as cistites afetam sobretudo as mulheres?

As mulheres têm uma uretra de comprimento inferior à dos homens. Este pouco comprimento facilita a entrada anormal de bactérias na bexiga através deste canal.

Além disso, a proximidade entre o ânus e a vagina propicia a colonização por bactérias; estas migram pela biopelícula hidrolipídica situada entre o ânus e a vagina e contaminam a uretra.

Por outro lado, durante a gravidez e também devido à menopausa, as alterações hormonais a que as mulheres estão sujeitas podem propiciar a estase urinária (ou seja, uma micção incompleta) que, por sua vez, propicia o desenvolvimento das bactérias patogénicas na bexiga (dado que estas são normalmente evacuadas ao urinar) (3-4).

Por fim, durante as relações sexuais, o orifício da uretra fica particularmente exposto aos agentes patogénicos e pode, por isso, ser contaminado, propiciando por essa via o surgimento de infeções urinárias.

Os tratamentos da infeção urinária

Os antibióticos

Dado que a infeção urinária é causada por uma infeção bacteriana por Escherichia Coli, o único tratamento preconizado pelas autoridades de saúde é um tratamento antibiótico, frequentemente monodose, que permita o desaparecimento dos sintomas de cistite em poucos dias (5).

A hidratação acima de tudo

É igualmente recomendado hidratar-se corretamente: beber em grande quantidade permite urinar frequentemente, o que permite evacuar as bactérias patogénicas da bexiga.

Nesta lógica, certos médicos podem recomendar o consumo de plantas diuréticas para aumentar o volume das urinas (dente-de-leão, cavalinha, bardana, etc.).

O arando, as equináceas e o anis verde – uma utilização tradicional

O arando (igualmente conhecido pelo nome inglês: cranberry) é uma pequena baga ácida, estrela da cozinha da América do Norte, que cresce nas turfeiras e que é há vários anos alvo de um entusiasmo considerável. Rico em antioxidantes e em vitamina C, é considerado frequentemente um super alimento.

Mas, acima de tudo, o arando é reputado por prevenir o surgimento de cistites, nomeadamente em virtude da sua riqueza em proantocianidinas, polifenóis que impediriam a E.Coli de se fixar na parede da bexiga. Todavia, esta reputação ainda não está atualmente validada pela EFSA (6).

Por outro lado, a OMS reconhece a utilização tradicional de determinadas outras plantas para aliviar ou prevenir as infeções urinárias; equináceas e anis verde, nomeadamente, graças às respetivas propriedades imunoestimulantes ou antibacterianas. Existem igualmente outros remédios naturais anti cistite ou, de forma mais geral, excelentes produtos naturais para o conforto urinário (como a fórmula sinérgica Complete Uricare).

Os probióticos contra a infeção urinária?

Que pensar então da capacidade dos probióticos para agir contra as infeções urinárias?

Para começar, determinados estudos tendem a demonstrar a existência de uma flora urinária (7) (ou seja, uma microbiota situada na bexiga). A existência da microbiota vaginal (também designada flora vaginal), por seu lado, está amplamente comprovada.

Certas estirpes de lactobacilos evidenciam assim resultados promissores em matéria de prevenção das infeções urinárias, nomeadamente o Lactobacillus rhamnosus GR-1 e o Lactobacillus reuteri RC-14, quer os probióticos sejam administrados por via oral ou intravaginal (8). Uma estirpe pertencente a esta primeira espécie de microrganismos encontra-se, aliás, na fórmula sinérgica Vaginal Health, dedicada ao equilíbrio da flora vaginal.

Vários estudos realizados sobre o Lactobacillus crispatus mostram também que a respetiva toma na forma de supositórios vaginais está associada a uma redução das infeções urinárias recorrentes nas mulheres pré-menopáusicas (9-10).

Convém, no entanto, esperar pelos resultados de estudos mais abrangentes para ter uma ideia clara sobre os efeitos dos probióticos na bexiga. Existe, além disso, uma outra razão importante para utilizar os probióticos em caso de infeção urinária…

Probióticos – para a microbiota intestinal após uma infeção urinária

As pessoas propensas às cistites, têm geralmente várias ao longo do ano. Por isso, estas pessoas podem fazer vários tratamentos antibióticos. Ora, está demonstrado que os tratamentos antibióticos podem prejudicar gravemente a microbiota intestinal (11).

Neste contexto, os probióticos permitem contribuir para manter uma microbiota intestinal normal durante e – sobretudo – depois de um tratamento antibiótico usado para lutar contra uma cistite (12); consideremos os probióticos Probio Forte ou Full Spectrum Probiotic Formula (que contém aliás, entre outros, microrganismos da espécie Lactobacillus crispatus).

Cuidar da sua vulva e da sua vagina – alguns conselhos

Além dos tratamentos curativos, existem alguns gestos que permitem evitar o surgimento das infeções urinárias. Trata-se, principalmente, de gestos relativos à boa saúde da vulva e da vagina.

A higiene íntima em 6 pontos-chave!

  1. recomenda-se praticar uma higiene íntima uma vez por dia, no mínimo, e duas vezes por dia, no máximo; uma lavagem demasiado intensiva da vulva pode originar secura, que propicia as infeções;
  2. recomenda-se igualmente utilizar para o efeito um produto adequado, suave, mas não sabonete de Marselha, que é demasiado agressivo, nem qualquer outro produto “exótico”;
  3. a vagina faz a sua “auto-limpeza”, graças – justamente – à sua flora. Por conseguinte, nunca se deve dirigir o jato do duche para o interior da vagina, para não “lavar” a flora vaginal;
  4. para evacuar eventuais agentes patogénicos da uretra, recomenda-se urinar depois do ato sexual;
  5. depois de fazer as necessidades na sanita, convém limpar-se de frente para trás para evitar levar bactérias para a vulva;
  6. nunca, em caso algum, se deve praticar uma penetração vaginal APÓS uma penetração anal, sem limpar previamente o objeto que foi introduzido; tal prática contamina inevitavelmente a uretra e a vagina com bactérias patogénicas.

Como a flora vaginal é constituída, nomeadamente, por Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus salivarus, Lactobacillus casei, Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis, inúmeras mulheres fazem regularmente curas de fórmulas probióticas que integram estes microrganismos (como Vaginal Health) com o intuito de cuidar da sua microbiota vaginal (13).

O CONSELHO SUPERSMART

Referências

  1. RONALD, A. R. et PATTULLO, A. L. The natural history of urinary infection in adults. The Medical clinics of North America, 1991, vol. 75, no 2, p. 299-312.
  2. NICOLLE, Lindsay E. Urinary tract infection. Infectious Disease in the Aging: A Clinical Handbook, 2009, p. 165-180.
  3. PERROTTA, Carla, AZNAR, Mireya, MEJIA, Raul, et al.Oestrogens for preventing recurrent urinary tract infection in postmenopausal women. Cochrane database of systematic reviews, 2008, no 2.
  4. LUCAS, MICHAEL J. et CUNNINGHAM, F. Gary. Urinary infection in pregnancy. Clinical obstetrics and gynecology, 1993, vol. 36, no 4, p. 855-868.
  5. https://www.vidal.fr/maladies/reins-voies-urinaires/infection-urinaire-cystite/traitements.html
  6. GALLIEN, Philippe, AMARENCO, Gérard, BENOIT, Nicolas, et al.Cranberry versus placebo in the prevention of urinary infections in multiple sclerosis: a multicenter, randomized, placebo-controlled, double-blind trial. Multiple Sclerosis Journal, 2014, vol. 20, no 9, p. 1252-1259.
  7. BRUBAKER, Linda et WOLFE, Alan J. The female urinary microbiota, urinary health and common urinary disorders. Annals of translational medicine, 2017, vol. 5, no 2.
  8. Falagas ME, Betsi GI, Tokas T, Athanasiou S. Probiotics for prevention of recurrent urinary tract infections in women: a review of the evidence from microbiological and clinical studies. Drugs. 2006;66(9):1253-61. doi: 10.2165/00003495-200666090-00007. PMID: 16827601.
  9. Uehara S, Monden K, Nomoto K, Seno Y, Kariyama R, Kumon H. A pilot study evaluating the safety and effectiveness of Lactobacillus vaginal suppositories in patients with recurrent urinary tract infection. Int J Antimicrob Agents. 2006 Aug;28 Suppl 1:S30-4. doi: 10.1016/j.ijantimicag.2006.05.008. Epub 2006 Jul 20. PMID: 16859900.
  10. Stapleton AE, Au-Yeung M, Hooton TM, Fredricks DN, Roberts PL, Czaja CA, Yarova-Yarovaya Y, Fiedler T, Cox M, Stamm WE. Randomized, placebo-controlled phase 2 trial of a Lactobacillus crispatus probiotic given intravaginally for prevention of recurrent urinary tract infection. Clin Infect Dis. 2011 May;52(10):1212-7. doi: 10.1093/cid/cir183. Epub 2011 Apr 14. PMID: 21498386; PMCID: PMC3079401.
  11. MODI, Sheetal R., COLLINS, James J., RELMAN, David A., et al.Antibiotics and the gut microbiota. The Journal of clinical investigation, 2014, vol. 124, no 10, p. 4212-4218.
  12. BUTEL, M.-J. Probiotics, gut microbiota and health. Médecine et maladies infectieuses, 2014, vol. 44, no 1, p. 1-8.
  13. WITKIN, Steven S. et LINHARES, Iara M. Why do lactobacilli dominate the human vaginal microbiota?. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 2017, vol. 124, no 4, p. 606-611.

Partilhe

Comentários

Deve estar ligado à sua conta para poder deixar um comentário

Este artigo ainda não foi recomendado; seja o primeiro a dar a sua opinião

Pagamento seguro
32 anos de experiência
Satisfeito
ou reembolsado;
Envio rápido
Consulta gratuita