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Quais são os benefícios da levedura de cerveja?

Autêntica mina de nutrientes essenciais, a levedura de cerveja surge como uma verdadeira pepita nutricional. Quais são os seus benefícios para a saúde comprovados?

Benefícios da levedura de cerveja

Lembremos – o que é a levedura de cerveja?

A levedura de cerveja é um microrganismo pertencente à família das Saccharomyces cerevisiae – como, aliás, a levedura de padeiro. Cultivada em ambientes controlados e favoráveis ao seu crescimento, serve, nomeadamente, para a fermentação da cerveja, onde converte os açúcares do mosto em álcool e dióxido de carbono. Pode, contudo, apoiar-se em outros substratos nutritivos para se desenvolver, à semelhança do melaço de cana de açúcar.

Depois de colhidos e secos, estes fungos microscópicos são de seguida transformados em pó, em pepitas desidratadas (para polvilhar nas saladas, por exemplo) ou em suplementos alimentares, na forma de comprimidos ou cápsulas. A levedura de cerveja inativada é, entretanto, sujeita a um aquecimento intermédio a 40 °C que garante a sua estabilidade sem alterar o respetivo perfil nutricional.

Levedura de cerveja – os benefícios principais para a saúde a conhecer

Levedura de cerveja e cabelos

Não é por acaso que os naturopatas aconselham curas de levedura de cerveja para devolver brilho e vigor aos cabelos baços, estragados ou ralos! Este alimento com alta densidade nutricional contém um amplo leque de vitaminas do complexo B, globalmente envolvidas no metabolismo energético e na regeneração celular: B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), B5 (ácido pantoténico) e, principalmente B8 (biotina), a célebre “vitamina da beleza” que contribui para manter os cabelos saudáveis (1).

A sua riqueza em proteínas, mais especificamente em aminoácidos com enxofre, facilita a reestruturação da fibra capilar, que – lembramos – é constituída por 95% de queratina (2). Argumentos que se juntam ao seu elevado teor de zinco, um oligoelemento essencial que é garantia da saúde dos cabelos (3).

Levedura de cerveja e pele

O consumo de levedura de cerveja é tradicionalmente preconizado para as pessoas que sofrem de imperfeições cutâneas, devido ao respetivo cocktail de vitaminas B2, B3 e B8 que contribuem todas para manter uma pele saudável. O seu potencial efeito regulador na produção de sebo e na inflamação cutânea (dois elementos-chave do acne) é, aliás, frequentemente avançado, embora sejam ainda necessários estudos para o confirmar (4). O zinco nela contido, que está envolvido na síntese normal do ADN e na proteção das células contra o stress oxidativo, contribui, por seu lado, para dar brilho à tez e temporizar os primeiros estigmas do envelhecimento (5).

Levedura de cerveja e unhas

Juntamente com os pelos e os cabelos, as unhas fazem parte dos fâneros – órgãos de proteção caracterizados pela sua elevada queratinização. Mais uma vez, pensa-se que as proteínas da levedura de cerveja, apoiadas pela biotina que está envolvida no metabolismo proteico normal, possam vir fortalecer as unhas frágeis ou baças, intervindo na síntese da queratina.

Levedura de cerveja e fígado

Estudos realizados em modelos de ratinhos sugerem que a levedura de cerveja conseguiria modular a atividade dos hepatócitos (células do fígado). Estes estudos evidenciam alterações do metabolismo do colesterol, imputáveis a uma fração precisa da levedura (ribosídeo de nicotinamida), mas também da tolerância à glicose (6-7). Os cientistas interessaram-se também pelos efeitos dos extratos de levedura nas lesões hepáticas induzidas pelo álcool nos ratos (8).

Levedura de cerveja e sono

Dormir melhor com levedura de cerveja – mito ou realidade? Embora a literatura científica sobre o assunto não seja muito extensa, a levedura de cerveja continua a ser uma das melhores fontes alimentares de vitamina B1 (10 g de levedura fornecem mais de 100% dos aportes diários recomendados). Esta vitamina que contribui para o funcionamento correto do sistema nervoso, bem como para uma função psicológica normal intervém, entre outras coisas, na produção e na absorção da serotonina, o neurotransmissor encarregado da regulação do estado de humor e precursor da melatonina (a hormona do sono) (9). Então, porque não?!

Levedura de cerveja e imunidade

A levedura de cerveja contém também polissacáridos específicos suscetíveis de interagir com o nosso sistema imunitário. Um estudo realizado com ratinhos idosos aos quais foi dado um suplemento de levedura de cerveja aponta para uma espantosa “reativação” dos mecanismos imunitários, com um aumento de linfócitos no sangue, no timo e no baço (10). Um ensaio clínico que envolveu 162 pessoas propensas a episódios infeciosos recorrentes (constipações) deixa antever os efeitos promissores dos beta-glucanos da levedura de cerveja no potencial de defesa do organismo contra os agentes patogénicos (11).

Quais são os inconvenientes e efeitos secundários da levedura de cerveja?

Apesar de todas as suas vantagens, a levedura de cerveja sofre também de alguns inconvenientes, que devem ser tidos em conta.

Nas pessoas sensíveis, a sua atividade de fermentação pode originar problemas digestivos: barriga inchada, flatulência… Estes efeitos indesejados são observados, principalmente, quando a levedura está na sua forma ativa. De facto, a levedura de cerveja é desaconselhada em caso de patologias inflamatórias intestinais (doença de Crohn, colite ulcerosa) ou de síndrome do intestino irritável sob pena de agravar os sintomas. Deve igualmente ser evitada em caso de hipersensibilidade às aminas biogénicas (que desencadeiam as enxaquecas).

Pelo facto de conter tiramina, a levedura de cerveja não deve ser combinada com medicamentos antidepressivos da classe IMAO nem com meperidina (narcótico), dado que tais associações amplificam a resposta adrenérgica e provocam episódios súbitos da hipertensão arterial (12).

Por fim, ainda “viva”, a levedura de cerveja ativa é proibida às pessoas imunodeprimidas. Na verdade, existe um risco teórico de septicemia quando os fungos transpõem a parede intestinal para chegar ao sangue (13).

Levedura de cerveja ativa ou inativa – qual escolher?

Comparativamente à versão inativada, a levedura de cerveja ativa conserva uma atividade probiótica potencialmente interessante em caso de desequilíbrio da flora intestinal. Contudo, é relatada a sua menos boa tolerância digestiva e o seu caráter, em princípio, menos seguro para os indivíduos mais frágeis.

Apesar do tratamento térmico a que é sujeita, a levedura de cerveja inativada preserva todos os seus nutrientes (vitaminas, minerais, antioxidantes…) e propriedades essenciais, nomeadamente cosméticas. De salientar que alguns suplementos dedicados aos cabelos cansados ou estragados reforçam a sua ação no couro cabeludo associando-lhe uma dose adicional de zinco, de vitamina B6 e de biotina (como Brewer's Yeast Hair Boost, com uma dose elevada de levedura de cerveja inativa contendo, no mínimo, 40% de proteínas e enriquecida com vários nutrientes citados) (14).

O CONSELHO SUPERSMART

Referências

  1. Bistas KG, Tadi P. Biotin. [Updated 2023 Jul 3]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK554493/
  2. Piccolo M, Ferraro MG, Maione F, Maisto M, Stornaiuolo M, Tenore GC, Santamaria R, Irace C, Novellino E. Induction of Hair Keratins Expression by an Annurca Apple-Based Nutraceutical Formulation in Human Follicular Cells. 2019 Dec 13;11(12):3041. doi: 10.3390/nu11123041. PMID: 31847069; PMCID: PMC6950555.
  3. Kondrakhina IN, Verbenko DA, Zatevalov AM, Gatiatulina ER, Nikonorov AA, Deryabin DG, Kubanov AA. Plasma Zinc Levels in Males with Androgenetic Alopecia as Possible Predictors of the Subsequent Conservative Therapy's Effectiveness. Diagnostics (Basel). 2020 May 24;10(5):336. doi: 10.3390/diagnostics10050336. PMID: 32456296; PMCID: PMC7277952.
  4. Podgórska A, Puścion-Jakubik A, Markiewicz-Żukowska R, Gromkowska-Kępka KJ, Socha K. Acne Vulgaris and Intake of Selected Dietary Nutrients-A Summary of Information. Healthcare (Basel). 2021 Jun 3;9(6):668. doi: 10.3390/healthcare9060668. PMID: 34205209; PMCID: PMC8226785.
  5. Gupta M, Mahajan VK, Mehta KS, Chauhan PS. Zinc therapy in dermatology: a review. Dermatol Res Pract. 2014;2014:709152. doi: 10.1155/2014/709152. Epub 2014 Jul 10. PMID: 25120566; PMCID: PMC4120804.
  6. Holdsworth ES, Kaufman DV, Neville E. A fraction derived from brewer's yeast inhibits cholesterol synthesis by rat liver preparations in vitro. Br J Nutr. 1991 Mar;65(2):285-99. doi: 10.1079/bjn19910087. PMID: 2043605.
  7. Holdsworth ES, Neville E. Effects of extracts of high- and low-chromium brewer's yeast on metabolism of glucose by hepatocytes from rats fed on high- or low-Cr diets. Br J Nutr. 1990 May;63(3):623-30. doi: 10.1079/bjn19900148. PMID: 2116896.
  8. Lin Z, Li Y, Wang M, Li H, Wang Y, Li X, Zhang Y, Gong D, Fu L, Wang S, Long D. Protective effects of yeast extract against alcohol-induced liver injury in rats. Front Microbiol. 2023 Jul 20;14:1217449. doi: 10.3389/fmicb.2023.1217449. PMID: 37547679; PMCID: PMC10399763.
  9. Mrowicka M, Mrowicki J, Dragan G, Majsterek I. The importance of thiamine (vitamin B1) in humans. Biosci Rep. 2023 Oct 31;43(10):BSR20230374. doi: 10.1042/BSR20230374. PMID: 37389565; PMCID: PMC10568373.
  10. El-Naggar RE, Attia WY. Brewer's Yeast Supplementation Enhances Immune Response of Aged Mice. Egypt J Immunol. 2015 Jun;22(2):69-79. PMID: 28502146.
  11. Auinger A, Riede L, Bothe G, Busch R, Gruenwald J. Yeast (1,3)-(1,6)-beta-glucan helps to maintain the body's defence against pathogens: a double-blind, randomized, placebo-controlled, multicentric study in healthy subjects. Eur J Nutr. 2013 Dec;52(8):1913-8. doi: 10.1007/s00394-013-0492-z. Epub 2013 Jan 23. PMID: 23340963; PMCID: PMC3832763.
  12. Garcia E, Santos C. Toxicité des inhibiteurs de la monoamine oxydase. [Mise à jour le 17 juillet 2023]. Dans : StatPearls [Internet]. Île au trésor (FL) : StatPearls Publishing ; 2024 janvier-. Disponible sur : https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK459386/
  13. Aucott JN, Fayen J, Grossnicklas H, Morrissey A, Lederman MM, Salata RA. Invasive infection with Saccharomyces cerevisiae: report of three cases and review. Rev Infect Dis. 1990 May-Jun;12(3):406-11. doi: 10.1093/clinids/12.3.406. PMID: 2193348.
  14. Liu G, Cheng G, Zhang Y, Gao S, Sun H, Bai L, Li S, Zhu Y, Wang C, Li F. Pyridoxine regulates hair follicle development via the PI3K/Akt, Wnt and Notch signalling pathways in rex rabbits. Anim Nutr. 2021 Dec;7(4):1162-1172. doi: 10.1016/j.aninu.2021.09.003. Epub 2021 Oct 2. PMID: 34754958; PMCID: PMC8556489.

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