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A alcachofra – seus benefícios para a saúde, como a cozinhar e tirar o melhor partido dela

Esta planta da família dos cardos seduz miúdos e graúdos com o seu sabor delicado e suave… mas sabe como tirar o melhor partido das virtudes dela?

Alcachofras nas mãos de um cozinheiro

A alcachofra – as suas “folhas” e o seu “coração”

A alcachofra, de nome científico Cynara scolymus, é uma evolução botânica do cardo. É um dos primos do cardo mariano.

Ao comer uma alcachofra, comemos mais precisamente:

  • a base das suas brácteas (espécie de escamas vulgarmente chamadas "folhas”);
  • e o seu recetáculo floral. Este tesouro culinário, muito apreciados pelos gourmets, designa-se o “coração da alcachofra”.

Repare que, se deixarmos que a alcachofra se desenvolva, as suas brácteas acabam por se afastar e as flores abrem (o “feno” que cresce no coração aumenta o torna-se roxo) – mas, neste caso, a planta deixa de ser comestível.

Como cozinhar a alcachofra para conservar os seus benefícios?

A alcachofra consome-se geralmente cozida, nomeadamente a mais conhecida, mas certas variedades degustam-se também cruas, como é o caso da alcachofra roxa da Provença.

A melhor forma de cozinhar a alcachofra conservando os seus benefícios é a cozedura a vapor ou na panela de pressão.

Regra geral, aconselha-se separar o caule da alcachofra à mão para eliminar ao máximo as fibras coriáceas que crescem até ao coração. Quanto às operações seguintes, há várias escolas:

  • a que privilegia uma cozedura da alcachofra inteira: possibilitando que cada conviva “descasque” a sua alcachofra no prato para degustar a base das brácteas e descobrir pouco a pouco o coração tão cobiçado;
  • a que exige “preparar” a alcachofra antes da cozedura. Isso implica descascar o alimento, com uma faca bem afiada, deixando apenas o coração. Neste caso, durante toda a preparação, convém friccionar a alcachofra com sumo de limão para evitar uma oxidação precoce desta iguaria tão frágil.

Os dois métodos preservam as qualidades nutricionais da alcachofra. Quanto à degustação, pode fazer-se a gosto, quer com uma vinagreta ou, para os mais gulosos, com um bechamel ou um molho de mostarda.

As outras receitas (alcachofra roxa da Provença braseada com vinho branco, estufado de alcachofra com vinho branco e azeitonas, etc.) têm tendência a destruir uma parte dos nutrientes tão preciosos da alcachofra com uma cozedura a demasiado intensa, nomeadamente na frigideira.

A alcachofra – um excelente aliado para emagrecer

Muito pouco calórica, muito rica em fibras e a abarrotar de antioxidantes (1), a alcachofra apresenta inúmeras vantagens no plano nutricional, que tornam esta planta importante da dieta mediterrânica um aliado para emagrecer de peso. De facto, 100 gramas de alcachofra cozida apresentam os seguintes valores nutricionais:

  • 33,2 kcal;
  • menos de 1 g de lípidos e de glúcidos;
  • 427 mg de potássio;
  • 0,29 mg de zinco;
  • 89 mcg de vitaminas B9;
  • e 9 mcg de vitamina C (2).

Vários estudos mostraram que a alcachofra contribui para promover a perda de peso e baixar os níveis de lípidos no sangue (3-5).

Uma planta ao serviço do detox

Mais é sobretudo na qualidade de aliado detox que a alcachofra é apreciada pelos amantes da healthy food. De facto, a alcachofra contribui para:

  • apoiar a desintoxicação;
  • apoiar o escoamento do suco gástrico;
  • conservar um fígado saudável;
  • e contribui para o conforto intestinal (6).

E isto porque a planta contém quantidades significativas de cinarina, igualmente designada ácido dicafeoilquínico, um polifenol específico que os cientistas consideram como seu ingrediente ativo (7).

Para aumentar de forma consequente os seus aportes em cinarina, opte por um extrato de alcachofra com elevado teor de cinarina, como é o caso do suplemento Liver Support Formula (categoria Fígado e Desintoxicação ).

E, caso deseje tirar mais partido das fibras, não hesite em iniciar paralelamente uma cura de Psyllium Seed Husk, um suplemento de psílio dourado.

Salientamos que a alcachofra contém igualmente luteolina, um excelente flavonóide presente em quantidade num suplemento como Luteolin.

Referências

  1. Vincenzo Lattanzio, Paul A. Kroon, Vito Linsalata, Angela Cardinali, "Globe artichoke: A functional food and source of nutraceutical ingredients", Journal of Functional Foods, Volume 1, Issue 2, 2009, Pages 131-144, ISSN 1756-4646, https://doi.org/10.1016/j.jff.2009.01.002.
  2. Interfel, https://www.lesfruitsetlegumesfrais.com/fruits-legumes/legumes-feuilles/artichaut/nutritions-et-bienfaits
  3. Wójcicki, Effect of 1,5-dicaffeylquinic acid (Cynarine) on cholesterol levels in serum and liver of acute ethanol-treated rats, Drug and Alcohol Dependence, Volume 3, Issue 2, 1978, Pages 143-145, ISSN 0376-8716, https://doi.org/10.1016/0376-8716(78)90028-5.
  4. Kwon EY, Kim SY, Choi MS. Luteolin-Enriched Artichoke Leaf Extract Alleviates the Metabolic Syndrome in Mice with High-Fat Diet-Induced Obesity. Nutrients. 2018;10(8):979. Published 2018 Jul 27. doi:10.3390/nu10080979
  5. Sahebkar A, Pirro M, Banach M, Mikhailidis DP, Atkin SL, Cicero AFG. Lipid-lowering activity of artichoke extracts: A systematic review and meta-analysis. Crit Rev Food Sci Nutr. 2018;58(15):2549-2556. doi: 10.1080/10408398.2017.1332572. Epub 2017 Aug 24. PMID: 28609140.
  6. KRAFT, Artichoke leaf extract - Recent findings reflecting effects on lipid metabolism, liver and gastrointestinal tracts, Phytomedicine Vol. 4 (4), pp. 369-378, 1997
  7. L Panizzi, ML Scarpati, Constitution of cynarine, the active principle of the artichoke, Nature, 1954 - Springer

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