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Hipertrofia muscular – como a otimizar para ter mais músculo?

Deseja conseguir um físico mais musculado? Descubra os métodos de treino e de alimentação ideais para maximizar a sua hipertrofia muscular, ou seja, o aumento do tamanho dos seus músculos.

Hipertrofia muscular

Hipertrofia muscular – stress mecânico e reconstrução

Hipertrofia muscular significa o aumento do tamanho das fibras musculares. Toda a disciplina da musculação assenta neste processo hipertrófico que permite o aumento e o reforço dos músculos, provocados por um treino desportivo regular.

A hipertrofia muscular necessita, mais precisamente, da criação de um stress muscular, principalmente um stress mecânico; o princípio consiste em levantar cargas pesadas para provocar micro-rasgos ao nível dos músculos (1-2).

Após uma sessão de musculação, o organismo – e em particular os músculos – tem de entrar numa fase de adaptação e de reparação, necessária para:

  • a reparação das fibras musculares danificadas pelo esforço, para produzir fibras musculares mais resistentes;
  • o fabrico de novas fibras musculares, para suportar um futuro esforço físico.

É desta forma que o músculo cresce e se fortalece, reconstruindo-se na sequência do esforço. A única forma de provocar hipertrofia muscular é, portanto, o treino dito “de resistência”.

Existe um número de treinos e de séries ideal para a hipertrofia?

Não existe um só programa para propiciar a hipertrofia. Lembre-se simplesmente que, regra geral, para ganhar massa muscular, é aconselhado:

  • treinar 3 a 5 vezes por semana (pode, por exemplo, fazer desporto em dias alternados, o que dá tempo de repouso suficiente aos músculos para se reconstruírem);
  • fazer entre 4 a 8 exercícios por sessão de treino;
  • fazer entre 3 a 6 séries por exercício;
  • fazer entre 8 a 12 repetições em cada série;
  • e descansar, por exemplo, 45 segundos entre duas séries, e 2 minutos entre dois exercícios.

Ganho de massa muscular – que exercícios escolher?

No âmbito de um aumento de massa muscular, pode, por exemplo, fazer em cada sessão de treino:

  • 4 a 5 exercícios dedicados aos grandes grupos musculares; supino e/ou flexões para os músculos peitorais; flexões, rowing com barra e/ou flexões verticais para as costas; supino militar com barra, elevações laterais e/ou frontais para os ombros; agachamentos e/ou leg curl para as coxas, etc.;
  • e 3 a 4 exercícios dedicados aos pequenos grupos musculares: curl clássico com halteres, curl martelo e/ou curl com barra para os bíceps; dips, supino com barra fixa e/ou exercícios com polia alta para os tríceps, etc.

Salientamos que alguns praticantes de musculação defendem o full body (trabalhar todos os principais grupos musculares em cada sessão de treino, como no nosso exemplo), outros o half body (trabalhar, por exemplo, a parte superior do corpo um dia e a parte inferior noutro dia) e outros preferem o split (dividir o treino por grupos musculares; um dia peito/tríceps, outro dia ombros/abdominais, etc.). Cada uma destas abordagens tem as suas vantagens e inconvenientes específicos.

Escolha dos pesos e sobrecarga progressiva

Confirme que as cargas selecionadas lhe permitem realizar todas as repetições, sendo que as últimas devem ser mais difíceis de concluir.

Alguns desportistas reivindicam chegar à falência muscular na última série de exercícios (ou seja, chegar ao ponto de não conseguir executar o movimento); mantenha uma abordagem cautelosa e progressiva para evitar lesões que levariam a perder os ganhos que já conseguiu (3).

Relativamente à escolha dos pesos, comece com peso leve e vá carregando com alguns quilos (por exemplo, no caso dos halteres, 5 a 10 kg para os homens e menos de 5 kg para as mulheres), depois aumente a carga de tempos a tempos, com o evoluir dos treinos.

Assim, estará alinhado com o princípio de sobrecarga progressiva: quanto mais forte fica o músculo, mais tem necessidade de desafios maiores para continuar a desenvolver-se! Para alternar e não adicionar sempre peso, pode também optar por aumentar o número de repetições, de séries, etc.

A hipertrofia muscular usando o peso do corpo?

É possível conseguir uma hipertrofia muscular com treinos com o peso do corpo. Os praticantes de street workout, de calistenia e de ginástica são exemplos perfeitos disso mesmo (4).

E isto por várias razões:

  • em primeiro lugar, o peso do corpo constitui já uma carga pesada. Se não consegue fazer uma única flexão na barra ou no solo, esse é um bom exemplo. Pode até ser necessário aliviar o seu peso, por exemplo, utilizando elásticos para as flexões na barra e fazendo flexões de joelhos no solo;
  • quando for capaz de efetuar séries de 10 a 15 repetições de flexões na barra, flexões no solo ou agachamentos, pode experimentar séries longas até à falência muscular, ou optar por variantes mais difíceis: flexões no solo com os pés levantados, agachamentos numa só perna (pistol squats), flexões na barra com uma só mão, etc.

Em todos os casos, ficará necessariamente limitado ao chegar a um determinado ponto. Mas o físico que terá alcançado se for capaz de fazer 20 pistol squats, 20 flexões com os pés levantados e 20 flexões na barra com um braço só, a um ritmo de 5 séries por exercício, já deverá ser muito respeitável!

Os 2 outros pilares do ganho de massa muscular

Dito isto, para que a hipertrofia muscular seja eficaz, é também imprescindível combinar o seu treino com um estilo de vida adequado, seguindo estes 2 pilares:

Dormir bem para ganhar músculo

O repouso, e, nomeadamente, o sono, são elementos muito importantes. Os seus músculos reconstroem-se e constroem-se durante a noite e nos dias de descanso.

Além disso, um sono de qualidade garante níveis baixos de cortisol, uma hormona do stress que destrói as células musculares e reduz os níveis de testosterona. Ora, a testosterona é essencial para a propiciar o ganho de massa muscular e, em última análise, para a hipertrofia (mesmo para as mulheres: o treino de resistência aumenta os níveis de testosterona também nas mulheres).

Seguindo a mesma ordem de ideias, controle o seu stress: conceda a si próprio momentos de relaxamento, pratique meditação ou ioga relaxante, etc.

Uma alimentação rica em macronutrientes e em micronutrientes

Para funcionarem, os seus músculos precisam também de energia, fornecida pelos lípidos e glúcidos, e de proteínas para se reconstruírem (5).

Durante os treinos, nomeadamente através da transpiração, o seu corpo perde também uma grande quantidade de minerais (6).

Além disso, o treino intensivo de musculação origina um grande nível de stress no organismo, o que pode levar a um estado inflamatório e a uma redução das suas defesas imunitárias.

A sua alimentação tem, portanto, de dar imperativamente resposta a estas exigências:

  • tem de estar em situação de excedente calórico; para aumentar a sua massa muscular, tem de consumir mais calorias do que as que gasta. Ainda mais porque, quanto mais massa muscular ganhar, mais elevado será o seu metabolismo basal (mas cuidado para não ganhar demasiada gordura...);
  • os seus músculos precisam de proteínas; para visar a hipertrofia, recomenda-se geralmente entre 1 g e 2 g de proteínas por quilo de peso corporal, por dia. Ou seja, um homem de 70 kg deve consumir entre 70 g e 140 g de proteínas por dia (entre 55 g e 110 g para uma mulher de 60 kg). Como 100 g de frango contém cerca de 20 g de proteínas, isso representa até 700 g de frango por dia! Para atingir estas quantidades de proteínas sem ingerir 700 g de frango, o mais simples é consumir proteína em pó (como Native Whey Proteine Isolate extraída do soro de leite, que permite satisfazer as suas necessidades de proteínas por meio de batidos ou misturando-a com preparados culinários: panquecas, papas de aveia e/ou sementes de chia, etc.);
  • deve consumir minerais em quantidade suficiente: nomeadamente zinco, que contribui para manter níveis normais de testosterona no sangue, e magnésio, que contribui para o funcionamento normal dos músculos. Por esta razão, inúmeros praticantes de musculação optam por tomar suplementos alimentares (como Zinc Orotate e OptiMag);
  • deve ter uma alimentação globalmente saudável e equilibrada; a sua dieta deve ser rica em frutas e legumes frescos e crus. Não deve ingerir demasiadas gorduras, nem demasiado sal ou açúcar, deve evitar o tabaco e o álcool e deve hidratar-se suficientemente. É uma higiene de vida anti-inflamatória ideal para progredir na hipertrofia muscular.

Os suplementos alimentares para a hipertrofia muscular

Existem, também, outros suplementos alimentares dedicados aos praticantes de musculação, que os apoiam na sua busca pela hipertrofia muscular:

  • os BCAA: os BCAA são aminoácidos que estão envolvidos na síntese das proteínas necessárias aos músculos (é o caso de BCAA’s) (7);
  • a creatina: este derivado de aminoácido não propicia diretamente o ganho de músculo, mas propicia a recarga de ATP, o combustível das células, o que permite fazer sessões de musculação de maior intensidade. Além disso, a creatina propicia uma determinada retenção de líquidos, o que faz com que os músculos pareçam mais inchados e volumosos, em detrimento, evidentemente, da definição (por exemplo, opte por 3-Creatine) (8);
  • a arginina: a arginina é um vasodilatador que propicia a congestão muscular. Durante e após o esforço físico, os músculos estão mais “inchados”, mais “venosos”, mais “cheios”. Promover a vascularização dos músculos durante e após o esforço físico melhoraria o transporte de oxigénio (para o esforço físico) e de nutrientes (para o anabolismo muscular) (ver Arginine Alpha Ketoglutarate, uma forma particularmente eficaz de arginina (9);
  • a citrulina: a citrulina é um precursor da arginina, com uma melhor biodisponibilidade e com os mesmos efeitos (ver L-Citrulline);
  • os estimulantes de testosterona: como a testosterona desempenha um papel decisivo no ganho de massa muscular e na hipertrofia, muitos praticantes de musculação recorrem também a suplementos destinados a aumentar os níveis de testosterona (tais como Natural TestoFormula, que combina diversos estimulantes naturais da testosterona) (10).

O CONSELHO SUPERSMART

Referências

  1. SCHOENFELD, Brad J. The mechanisms of muscle hypertrophy and their application to resistance training. The Journal of Strength & Conditioning Research, 2010, vol. 24, no 10, p. 2857-2872.
  2. SCHOENFELD, Brad J. Potential mechanisms for a role of metabolic stress in hypertrophic adaptations to resistance training. Sports medicine, 2013, vol. 43, p. 179-194.
  3. O'SHEA, Patrick. Effects of selected weight training programs on the development of strength and muscle hypertrophy. Research Quarterly. American Association for Health, Physical Education and Recreation, 1966, vol. 37, no 1, p. 95-102.
  4. IVERSEN, Vegard M., NORUM, Martin, SCHOENFELD, Brad J., et al.No time to lift? Designing time-efficient training programs for strength and hypertrophy: a narrative review. Sports Medicine, 2021, vol. 51, no 10, p. 2079-2095.
  5. PHILLIPS, Stuart M. The science of muscle hypertrophy: making dietary protein count. Proceedings of the nutrition society, 2011, vol. 70, no 1, p. 100-103.
  6. WALSH, Michael, CULLETON, Bruce, TONELLI, Marcello, et al.A systematic review of the effect of nocturnal hemodialysis on blood pressure, left ventricular hypertrophy, anemia, mineral metabolism, and health-related quality of life. Kidney international, 2005, vol. 67, no 4, p. 1500-1508.
  7. PLOTKIN, Daniel L., DELCASTILLO, Kenneth, VAN EVERY, Derrick W., et al.Isolated leucine and branched-chain amino acid supplementation for enhancing muscular strength and hypertrophy: A narrative review. International journal of sport nutrition and exercise metabolism, 2021, vol. 31, no 3, p. 292-301.
  8. CRIBB, Paul J., WILLIAMS, Andrew D., STATHIS, Christos, et al.Effects of whey isolate, creatine and resistance training on muscle hypertrophy. Medicine & Science in Sports & Exercise, 2007, vol. 39, no 2, p. 298-307.
  9. COOK, Gary. The Effects of Chronic Arginine Supplementation on Muscle Strength and Hypertrophy Following Resistance Training. Thèse de doctorat. Ohio Dominican University.
  10. SINHA-HIKIM, Indrani, ARTAZA, Jorge, WOODHOUSE, Linda, et al.Testosterone-induced increase in muscle size in healthy young men is associated with muscle fiber hypertrophy. American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism, 2002.

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