Se um dos seus entes queridos já sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), então já sabe que é provavelmente uma das piores coisas que podem acontecer na vida. Apenas uma em cada dez pessoas recupera integralmente as suas capacidades físicas e mentais: as outras ficam com sequelas incapacitantes para toda a vida e perto de 40% morrem nos meses seguintes.
Se um dos seus entes queridos já sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), então já sabe que é provavelmente uma das piores coisas que podem acontecer na vida. Apenas uma em cada dez pessoas recupera integralmente as suas capacidades físicas e mentais: as outras ficam com sequelas incapacitantes para toda a vida e perto de 40% morrem nos meses seguintes.
O mais difícil é que nada deixa antever tal drama. O processo é brutal. Imprevisível. Um belo dia, uma placa de natureza gorda solta-se da parede de um vaso sanguíneo e deixa-se levar pela corrente do fluxo sanguíneo. Segue o seu caminho pacificamente até ficar presa pelo estreitamento da artéria. É nesse momento que tudo é abalado: a obstrução do vaso pela placa vai interromper bruscamente a circulação sanguínea e privar de oxigénio milhares de milhões de células nervosas que dependiam literalmente desta artéria para sobreviver.
Se nada for feito nas horas seguintes, os neurónios morrerão asfixiados, suprimindo redes completas de circuitos neuronais responsáveis por funções complexas como a sensibilidade táctil, a elocução, o equilíbrio… Se os danos não forem demasiado graves e a vítima ainda for jovem, os circuitos neuronais poderão ser reconstruídos graças à plasticidade neuronal, mas será preciso tempo. No caso contrário, o mais frequente, nada voltará a ser como era.
As consequências deste tipo de acidente fazem gelar o sangue e não é de admirar que uma grande maioria das pessoas não queira ouvir falar delas; esperam secreta e silenciosamente passar por entre as malhas da rede. Mas, ao recusar enfrentar a realidade, estas pessoas expõem-se a um risco adicional inútil e perigoso. Na verdade, os AVC não atingem “às cegas”; estudos realizados mostraram que medidas alimentares simples permitem reduzir o risco em 80%.
Imagine que tem de tirar uma carta à sorte num baralho com 100 cartas que contém 1 carta preta e 99 cartas brancas. Concordará que a probabilidade de tirar essa carta preta é bastante baixa (1 %).
Agora imagine que tem de repetir este processo de escolher uma carta todos os anos durante 30 anos. Ficaria exposto(a) a um risco baixo mas repetido no tempo, embora no final dos 30 anos, tivesse 3 hipóteses em 10 de tirar pelo menos 1 vez a carta preta.
Se aumentarmos agora o risco de tirar a carta preta 80% durante uma única escolha, o risco parece continuar baixo; menos de 2 hipóteses em 100 de a tirar (1,8%). Contudo, a longo prazo, esta diferença torna-se colossal: teria agora cerca de 5 hipóteses em 10 de tirar um dia a carta preta ao fim de 30 anos.
É exactamente o que se passa com o AVC. Os factores que aumentam ou diminuem o risco de ser afectado pelo AVC apenas alteram um pouco o risco a curto prazo, e podemos ter tendência para dizer que isso não muda grande coisa, que os esforços são demasiado elevados relativamente aos resultados e relativamente à parte de acaso que subsiste.
Mas, na realidade – a longo prazo – estes factores pesam com todo o seu peso.
Estima-se que temos cerca de 20% de hipóteses de um dia ser vítimas de um AVC na nossa vida.
Mas esta estatística é uma média; a longo prazo, os factores de risco podem fazer variar enormemente esta “verdade” final. E embora algumas pessoas tenham apenas 10% de hipóteses de serem vítimas (graças à diminuição dos factores de risco), outro podem atingir facilmente os 60% se acumularem comportamentos de risco (consumo elevado de sal, inactividade física, ...).
Além disto, contrariamente ao exemplo do jogo de cartas, as probabilidades de ter um AVC aumenta à medida que o tempo passa; sabe-se que depois dos 55 anos, o risco de AVC duplica a cada década (1), que o risco de diabetes de tipo 2 multiplica de 200 para 600% (2) ou ainda que o risco de a se multiplica por 1000% (3)...
Existem inúmeros factores de risco do AVC que já conhece, como a inactividade física, a hipertensão arterial ou a diabetes de tipo 2. Mas quais são os factores que têm uma influência positiva no risco? Contam-se pelo menos 3 que são fáceis de integrar e que apresentam, adicionalmente, um grande interesse para inúmeras outras patologias.
Um grupo de investigadores passou em revista perto de 400 estudos publicados nos últimos 30 anos, para determinar o tipo de alimentação que contribui melhor para prevenir os AVC (4). Daí resultam 3 medidas principais que permitem diminuir em pelo menos 80% o risco de AVC.
É certamente a principal medida a adoptar para combater o AVC.
Em 2017, investigadores da Universidade de Birmingham mostraram pela primeira vez como aportes baixos de potássio propiciariam a rigidez das artérias e sobretudo como uma subida destes aportes permitiria lutar contra o fenómeno de calcificação (5).
Encontramos potássio em praticamente todos os frutos e legumes; infelizmente, a queda dramática no consumo destes alimentos explica sem dúvida a progressão fulgurante dos AVC… Apesar de as necessidades de potássio estarem calculadas em 4700 mg por dia, os aportes atingiriam apenas 2300 mg nas mulheres e 3100 mg nos homens (6) nas nossas sociedades ocidentais.
Os alimentos ricos em potássio: todas as frutas, legumes e leguminosas, nomeadamente o feijão branco, a curgete, os espinafres e as bananas.
O suplemento de potássio: Potassium Bicarbonate (oficialmente reconhecido por optimizar e manter a tensão arterial (7))
É a segunda constatação dos investigadores que realizaram a meta análise: os indivíduos cujo consumo de magnésio é elevado têm menos risco de sofrer um AVC.
Trata-se de um mineral essencial ao bom funcionamento do organismo humano e vital para a função cardíaca; participa directamente no metabolismo dos lípidos e intervém ao nível da tensão arterial – dois mecanismos envolvidos no AVC. É a sua acção dilatadora dos vasos que seria a mais decisiva na redução do risco.
Os alimentos ricos em magnésio: de forma geral as leguminosas, as sementes e as nozes, e mais particularmente a soja, as amêndoas, os espinafres e o chocolate.
Os suplementos de magnésio: OptiMag (que contém 8 formas de magnésio diferentes) a tomar durante as refeições.
Uma meta análise mais recente e especificamente dedicada aos AVC e aos problemas cardiovasculares mostrou que os suplementos de vitamina B9 (a que chamamos também folatos) reduziam o risco de AVC em cerca de 20 a 70%.
Não se trata verdadeiramente de uma surpresa: os suplementos de vitamina B9 (folato) como SuperFolate eram já reconhecidos por optimizarem a formação das células sanguíneas (8). Encontramo-la igualmente na carne e nos legumes, mas a cozedura, a conservação e a congelação diminuem drasticamente o seu teor.
Referências
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